Vindo de 2 derrotas, Náutico não terá Kuki domingo

Apesar de figurar no concorrido G-8, justamente no limite da zona de classificação, com 24 pontos, o Náutico sabe que um novo tropeço certamente irá lhe jogar para a faixa intermediária da tabela. O time, que chegou a ficar entre os quatro primeiros após vencer de forma consecutiva Paulista, Santo André (fora) e Ituano, levou 3 a 2 do arqui-rival Sport e, no último sábado, amargou um 4 a 0 do São Raimundo em Manaus. Para piorar o início de crise, nada menos que o comandante e o artilheiro da equipe trocaram farpas tanto nos vestiarios quanto em público, esquentando o tempo nos Aflitos.

Mas nem batendo de frente com o ídolo da torcida alvirruba Roberto Cavalo perdeu o emprego. Pelo contrário, seguiu prestigiado pela diretoria, que não aceitou o seu pedido de demissão após a goleada na Amazônia. Segundo o técnico, mais calmo nesta segunda-feira, o episódio se encontra totalmente contornado. “Não conversei com o Kuki, mas falei com o grupo sobre o que aconteceu. Está tudo resolvido e agora é só pensar no Bahia. Nós mesmos estamos arrumando clima ruim para nós”, disse.

“O ambiente é dos melhores possíveis. Eles entendem minha maneira. É meu jeito de ser. Dói estar faltando ainda 20 minutos para acabar a partida e você escutar gritos de olé. Isso não pode acontecer com uma equipe de tradição como o Náutico. Quando falo é para tentar melhorar. Aqui existem funcionários. Se não estão rendendo, precisam ser cobrados. E naquele momento, ele estava questionando outros companheiros”, declarou. O treinador também revelou que os comentários do atacante terminaram não soando muito bem no plantel.

DESFALQUE
Já Kuki – cogitado para defender o Tricolor de Aço em janeiro – preferiu não se pronunciar mais sobre as declarações dadas por Cavalo de que teria sido o principal responsável pelo péssimo resultado na rodada passada, as quais considerou uma “palhaçada”. Optou por falar apenas de sua possível cirurgia no ombro esquerdo, que voltou a sair do lugar em pleno Vivaldão. O veterano astro timbu sofre do problema desde o jogo contra o Criciúma, dia 20 de maio.

Com o desempenho prejudicado, sem balançar as redes há vários embates, o baixinho será poupado pelo departamento médico diante do Bahia. A situação é ainda mais complicada porque o atleta tem pavor de lugares fechados e vai ser difícil que ele passe por um exame de ressonância magnética para melhor avaliar a lesão. “Eu já sabia que tinha claustrofobia. Só fiz uma vez na Coréia porque tinha como ficar com a cabeça de fora. Aí não teve problema”, finalizou.

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