Os 20 minutos iniciais em campo na última sexta-feira, diante do União Barbarense, na Fonte Nova, podem ter sido os últimos de Viola com a camisa do Bahia. É que o veterano centroavante vai sentar no banco dos réus da 4ª Comissão Disciplinar da CBF amanhã, às 15 horas, no Superior Tribunal de Justiça Desportiva, situado no Rio de Janeiro, estando enquadrado no artigo 188 do CBJD, referente a ofensas morais a autoridades.
Ele terá que responder a acusação do presidente do Guarani, José Luiz Lourencetti, que se sentiu agredido verbalmente pelo jogador. Ano passado, após ser afastado do elenco bugrino, Viola disparou ofensas contra a direção do clube em emissoras de TV locais. Há dois meses, voltou a criticar os dirigentes com palavras obscenas, dessa vez na Revista Placar.
Pela atitude, o camisa 9 foi incluído num dispositivo do Código que prevê punição de 30 a 180 dias. Como houve, porém, a utilização de veículos de comunicação, dobra-se o castigo (60 a 360) em virtude do agravante. O falastrão atacante será defendido por advogados particulares, que estão recebendo assessoria jurídica do Tricolor.
DE SAÍDA?
O julgamento pode fornecer a deixa que o Bahia precisa para dispensar o atleta. Se houver punição, a tendência é que se tente um acordo para rescindir seu vínculo, que vai até o final do ano. Contratado em fevereiro, Viola ainda não conseguiu justificar o salário de R$ 60 mil: participou de 14 das 21 partidas disputadas na temporada e marcou apenas seis gols, cinco pelo Estadual (sendo quatro no 10 a 1 sobre o Camaçariense) e um na Copa do Brasil.
O tetracampeão mundial está inclusive vetado do jogo frente a Portuguesa, no Canindé, por conta de um estiramente muscular. E de grande reforço para ser o artilheiro do time, terminou ofuscado pelo companheiro de ataque, Dill. A chegada do técnico Zetti, com quem teve problemas em Campinas, e do pitbull Uéslei, ídolo da torcida, da mesma posição e com alta remuneração, também conspiram contra a permanência de Viola no Fazendão.
A Tarde On Line (Adaptado)
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