Um dos últimos nomes anunciados pela diretoria do Bahia, o volante Uelliton está pronto para enfrentar o clube que o revelou no clássico do próximo domingo. Em entrevista ao Correio* nesta sexta, o jogador formado nos campos perto do antigo aterro sanitário de Salvador fala da expectativa de reencontrar a torcida de seu antigo clube no próximo domingo:
“Como vai ser, de repente, estrear pelo Bahia num Ba-Vi?
É uma expectativa grande. Vinha treinando a semana toda para enfrentar o Vitória da Conquista, mas infelizmente o contrato não chegou a tempo. Graças a Deus chegou a tempo de poder disputar mais um Ba-Vi na minha carreira, agora do outro lado. E que eu possa dar alegrias ao Bahia desta vez. Tô 100%, pronto e preparado.
O Ba-Vi de domingo terá 90% de torcida do Vitória. E pelo jeito que você saiu do clube, a recepção não deve ser das melhores. Está preparado?
Já venho com a cabeça pronta para as vaias e xingamentos. Desde que eu vim aqui pelo Coritiba, quando vim jogar ano passado, já estava preparado. Acho que o jogador tem que estar preparado para tudo, para as vaias, para os aplausos. Se eu entrar em campo, a torcida vai pegar muito no meu pé. Mas espero que ainda tenha aqueles torcedores que gostam de mim do lado do Vitória.
Isso te motiva?
Motiva bastante, porque eu sou um jogador que gosto de correr bastante, gosto de lutar. Então, vaias e aplausos pra mim vão ser a mesma coisa. Pelo lado do Bahia, vai motivar bastante e espero que a gente saia com o resultado positivo.
Você tem uma desconfiança por parte da torcida do Bahia muito mais pelo extracampo do que por sua qualidade técnica. O que dizer a esses torcedores?
A maioria das vezes quando estava no Vitória, sempre houve notícias que não eram verdade. Acho que o torcedor ouve muito rádio, então, às vezes, tem torcedores que não prestam atenção no que a gente faz dentro de campo. Claro que a gente curte festa, tem aquela cervejinha que a gente tem que beber, mas agora eu estou mais família, mais cuidando dos meus filhos, da minha esposa, estou mais tranquilo.
Você já vestiu a camisa de treino com o escudo do Bahia. Foi uma sensação estranha?
Tem um peso, né? É um time bicampeão brasileiro. A camisa do Bahia pesa muito até para aqueles que nunca foram campeões. Eu estava no estádio ontem (quarta) vendo o time de 88, muitos jogadores que eu vi depois jogando, é uma alegria imensa estar num time bicampeão, não esquecendo o outro lado. Acabei ficando dez anos lá.
Marquinhos está sobre uma grande pressão. Como está o clima no clube?
Tá tranquilo. Nessa semana de Ba-Vi, Marquinhos vinha ajustando o time para que alguns jogadores pudessem descansar bastante, como Talisca e Pittoni. Poupou um pouco eles para o clássico. Sei que treinador é sempre muito cobrado, ainda mais Marquinhos que é novo. Tá todo mundo focado no Bahia, ciente do que está acontecendo. A gente sabe que um clássico é outro campeonato.
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