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Zé Roberto diz que quer calar os críticos em 2013

Notícia
Historico
Publicada em 18 de dezembro de 2012 às 17:09 por Da Redação

De Diego Adans, no jornal A Tarde desta terça-feira:

De férias, Zé Roberto curtia ontem, com a família, a paradisíaca Praia do Forte. Por telefone, conversou com a reportagem e falou sobre seu mau desempenho na temporada.

Dono de um dos mais altos salários do time (cerca de R$ 200 mil mensais), em 40 partidas (26 pela Série A; 9 no Baiano, 3 na Copa do Brasil e 2 na Sul-Americana), passou em branco em 2012. De quebra, levou seis amarelos e gancho de seis jogos imposto pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (por conta de uma agressão ao árbitro Péricles Bassols em partida válida pela Copa do Brasil).

De positivo, apenas 5 assistências no ano. Entre as justificativas para o “péssimo ano”, Zé ressaltou as ausências de uma pré-temporada e as lesões do “amigo Souza”.

Você tem contrato até dezembro de 2013. Porém, para muitos tricolores já podia sair do clube. Como vê esse cenário?
Entendo a torcida, não tenho muito o que falar. A torcida quando olha o meu currículo no futebol, os clubes, os títulos, vê um jogador vitorioso. É normal que se espere muito, que haja cobrança. Sei que posso render mais.

Na sua ótica, o que fez com que 2012 fosse um péssimo ano?
Para mim, foram dois motivos. O primeiro, a pré-temporada. Há dois anos não a faço (em 2011, o atacante chegou ao Internacional no dia 21 de janeiro – a pré-temporada ocorreu entre os dias 5 e 20 do referido mês; no Bahia, o atacante foi anunciado dia 22 de janeiro – a pré-temporada foi entre 5 e 18). Para 2013, já falei com Paulo Angioni. Pedi um treino específico. Esta pré-temporada será crucial para mim.

Você acha que a ausência de Souza, em vários jogos, o prejudicou também?
Exatamente. Este é o segundo motivo. Ele fez muita falta (em 39 jogos pela Série A, participou de 19). Olhe nos meus últimos clubes, sempre fiz duplas com goleadores. No Botafogo (entre 2008), eu e Dodô. No Flamengo (em 2009), eu e Adriano. No Internacional (em 2011), eu e o Damião. Já acostumei com homem de referência no time. Quando atua direto com um jogador, você pega entrosamento, comunica-se, sabe em que ponto da área adversária, ele estará. Sofri com isso. Já disse ao Souza: “parceiro, você me deixou na mão várias vezes este ano. Em 2013, vai ter que quitar a dívida (risos)”. Basta olhar quantos jogos fizemos juntos na Série A como titulares. Veja o desempenho (ao todo foram 11 jogos: 5 empates e 6 triunfos para o Bahia). O torcedor, porém, não quer saber. Muitos enxergariam isso como uma possível desculpa. Não levo pressão na minha cabeça. Não tenho dúvidas que foi um ano ruim. Sei disso, mas estou tranquilo.

Mas atacante vive de gols… Souza fez oito no Brasileiro, Gabriel seis. Até mesmo os criticados Jones Carioca (2), Elias (1), Claudio Pitbull (1) e Rafael “Gladiador” (1) marcaram…
Ao meu ver, contribui de outras formas dentro de campo. Dei passes (5 assistências na Série A). Acho que no esquema tático dei minha contribuição também.

Então 2013 será seu ano? O de encerrar com este incômodo jejum? O de, finalmente, deslanchar com o manto tricolor?
Vai ser… Tem que ser! Projeto coisas boas, como foi durante toda a minha carreira. Sei o que devo fazer. Não fiz gols em 2012, OK! Apago isso. É ruim demais… Quero dar a volta por cima, calar a boca dos críticos.

Por sinal, Paulo Angioni falou, em entrevista coletiva, que “espera lhe recuperar”.
Ele conversa bastante comigo, até pela relação de líder que tenho no grupo. Sei que confia bastante em mim. Não só ele, mas o presidente Marcelinho, Jorginho, a comissão técnica, os jogadores…

Mas durante o ano, alguns sites postaram fotos nas quais você aparece com bebida alcóolica (cerveja). Acha que sua imagem não foi arranhada diante da torcida?
Estava de folga. Não gostei, mas não é um problema. Jamais cheguei bêbado no clube ou aos treinos. Angioni e Marcelinho sabem da minha conduta, que eu trabalho muito. Sou correto dentro do Bahia. Não falto treino e me esforço. Quais foram as minhas lesões? Quase não tive este ano. Estive à disposição quase todos os jogos (atuou em 26 de 39). Ou seja, não meço esforços para ajudar.

O Bahia ainda não anunciou reforços. Prioriza renovações e aposta na base. O que acha?
O bom trabalho começa assim. O Corinthians acabou de ser campeão mundial. Conseguiu manter a base do time e trouxe reforços pontuais. Esse é o modelo. Os moleques da base do Bahia têm qualidade. Estamos bem servidos, mas é claro que precisamos ter reforços. A diretoria está cuidando disso.

O ataque certamente será reforçado, já que quatro jogadores saíram. Não tem receio quanto a futura concorrência?
Não. Isso me motiva ainda mais para jogar melhor.

O ataque não funcionou na Série A. Em 39 jogos, 37 gols. O time quase foi rebaixado. Em 2013 será assim?
Claro que não. Este ano, sofremos com lesões, mudanças técnicas, irregularidades, mas ano que vem, será bem melhor. Vamos contar com a Arena Fonte Nova. Iremos brigar pelo bi baiano e, quem sabe, por vaga na Libertadores. Nada de sofrimento!

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