Motivando especulações de que esteja tentando colocar um ponto final na situação com o centroavante, além de – quem sabe – começar a se inclinar para o tão solicitado retorno do antigo camisa 1, o técnico Zetti demonstrou nesta terça-feira uma característica que promete se repetir. Pela manhã, falou reservadamente com Viola por cerca de 40 minutos, enquanto à tarde o bate-papo foi com os goleiros titular e reserva da equipe.
“Gosto muito de conversar com meus atletas e vocês vão me ver fazer isso muito aqui. Converso para saber como eles estão, para trocar idéias, motivá-los. São diálogos muito proveitosos”, explicou. Ao lado dos arqueiros, ainda relembrou um de seus últimos momentos como jogador – a final do Nordestão 2001. “Estava no Sport e perdi por 3 a 1 para o Bahia aqui na Fonte Nova. O curioso é que o Emerson estava no outro gol. Falei para ele os motivos que me levaram a encerrar a carreira e relembrei detalhes daquela partida”.
DIRIMINDO CONFLITOS
Quanto ao atacante, que não participou do treino de segunda, primeiro dia de trabalho do novo treinador, alegando sentir dores musculares, Zetti escondeu o assunto, mas tudo tudo indica que buscou contornar as divergências ocorridas durante a passagem de ambos pelo Guarani, na disputa do Brasileirão 2004.
O relacionamento foi abalado após o clássico contra a Ponte Preta, no dia 10 de julho, quando o comandante escalou Valdir Papel (que marcou o único tento bugrino) e deixou Viola no banco. No final do segundo tempo, quando já perdia por 3 a 1, o tetracampeão foi chamado para entrar no lugar de Careca.
Ao chegar ao Fazendão, o ex-arqueiro fez questão de deixar claro que não tinha nenhum problema com o camisa 9, porém Viola ainda se mostrou ressentido. “Eu nunca tive problemas com grandes técnicos, como o Parreira”, alfinetou.
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