O Bahia finalizou a venda do atacante Tiago para a Major League Soccer (MLS), nos Estados Unidos. O negócio foi fechado mais uma vez com uma cláusula estratégica: o clube tricolor mantém 25% dos direitos econômicos do atleta.
A manutenção de percentual garante que o Esquadrão lucre em uma eventual futura transferência do jogador em solo norte-americano, sendo assim uma forma de o clube continuar faturando com a valorização de seus ativos já negociados ao futebol estrangeiro.
É importante ressaltar que essa estratégia não é nova no futebol, mas, especialmente em 2025, se tornou um padrão adotado pelo Esquadrão em suas negociações, mesmo aquelas com valores mais altos. O modelo visa criar uma rede de receitas que ultrapassa a venda imediata dos jogadores, focando no potencial de revenda de jogadores negociados com idade ainda sub-23.
Além disso, o fato de conseguir colocar cláusulas de venda futura em seus jogadores vendidos por valores altos mostra a força obtida pelo Bahia na mesa de negociação, assumindo papel de destaque e se mostrando longe de estar pressionado para fechar vendas.
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Outros jogadores negociados em 2025 que podem render lucro futuro ao Bahia
A temporada de 2025 marca as três maiores vendas da história do Bahia, todas elas de atacantes (Lucho Rodríguez, Biel e Tiago), mas também gerou a saída de atletas jovens, mas sem espaço no clube, e que podem encontrar seu melhor futebol em outras equipes. E caso isso ocorra, o Tricolor mantém uma fatia importante em eventuais vendas.
Outro ponto a ressaltar é que, além da fatia em caso de venda futura, atletas como Lucho e Tiago possuem cláusulas que podem gerar bônus ao Bahia caso atinja as metas estipuladas. No caso de Biel, por não fazer parte dos planos do Sporting Lisboa para o futuro, não baterá tais cláusulas.
Lucho Rodríguez
Um dos casos de maior destaque é o de Lucho Rodríguez ao NEOM SC, da Arábia Saudita. Além de vender o uruguaio por mais de R$ 120 milhões, o Bahia também assegurou 25% dos direitos para faturar em uma futura ida do jogador ao mercado europeu.
Uma futura venda é almejada principalmente pelo staff do jogador, que o vê com projeção para ir ao futebol europeu. Antes do Bahia, por exemplo, quase houve acerto com o Girona, também do Grupo City, mas foi o Esquadrão quem conseguiu fechar a contratação.

Biel
Outro exemplo é o de Biel. Na transação do atacante, que rendeu R$ 48 milhões ao Bahia, o clube também permaneceu com 30% dos direitos econômicos.
O atacante, inclusive, está emprestado e possui uma cláusula de compra no Atlético-MG caso atinja metas. Assim, o Galo pode pagar o mesmo valor que o Esquadrão recebeu para vender o atleta ao Sporting Lisboa.
O Esquadrão observa atentamente a situação, que geraria novo lucro em 2026.

Ryan Nascimento e André Dhominique
O modelo se repete com jogadores que subiram da base ou ganharam destaque no time principal inicialmente, mas depois perderam espaço no clube.
O lateral-esquerdo Ryan Nascimento teve sua saída concluída para o Estrela Amadora com o Tricolor mantendo 30% dos seus direitos econômicos.
Já no caso de André, o Tricolor segurou 50% dos seus direitos econômicos ao aceitar liberá-lo para o Londrina faltando um ano e nove meses para o fim do contrato.
No caso de Ryan, André e principalmente Tiago, o objetivo da diretoria tricolor é de que a formação no CT Evaristo de Macedo continue dando frutos no futuro. Nesses três casos, o Esquadrão ainda conta ao seu favor com o mecanismo de solidariedade da FIFA, que repassa mais uma parcela da transferência para o clube formador.








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