Com 40 anos de história, o CT do Fazendão foi desativado no final de 2019 após o Bahia concretizar sua mudança definitiva para a Cidade Tricolor. Desde então, o terreno que marcou época no clube está à venda.
O Fazendão é avaliado em cerca de R$ 24 milhões pela Caixa, junto com um terreno anexo no bairro do Jardim das Margaridas. Desde a abertura do edital de venda dos imóveis, o Bahia recebeu ofertas das construtoras MRV e Sertenge – como revelado pelo jornal Correio* no mês de março.
Dois meses depois, o Bahia vive momento bastante diferente do que vivia antes da pandemia. Mesmo com a instabilidade financeira causada pelo coronavírus, a diretoria tricolor garante que não irá vender o Fazendão por um valor que seja considerado como abaixo do preço de mercado.
Em entrevista à Rádio Metrópole, o presidente Guilherme Bellintani admitiu a necessidade de vender o antigo CT, sobretudo por conta da não utilização do imóvel por parte do Bahia.
“São duas coisas envolvidas quando se fala em venda do Fazendão. A primeira é a necessidade de vende-lo. O Bahia não tem porque manter um patrimônio que está inutilizado. Lógico que hoje estamos usando como hospital de campanha pelo governo do estado. Mas não há motivo para permanecer com esse patrimônio depois do coronavírus. Mas, por outro lado, a gente precisa ter muita cautela. Temos que ter muito cuidado para que a venda do patrimônio não seja, sob o ponto de vista empresário e financeiro, uma venda forçada. Isso seria uma venda que é abaixo do preço de mercado por conta de circunstâncias específicas. Isso não vamos fazer, mesmo que gere endividamento. É muito provável inclusive. Mas a gente prefere gerar endividamento do que vender um ativo muito abaixo do preço de mercado”, diz o presidente do Esquadrão.
Para dar sequência ao processo de venda com alguma empresa interessada, Bellintani afirma que só demonstrará interesse no negócio se os valores forem correspondentes com os desejos do clube.
“Se a negociação do Fazendão caminhar no sentido de obedecer a critérios razoáveis de mercado, minimamente aceitos para uma avaliação de patrimônio da dimensão do Fazendão, vamos vende-lo. Senão, vamos esperar o momento certo para vender. É um patrimônio importante do clube, constituído há décadas, e a gente não pode fazer com que o momento difícil das finanças do Brasil e do Bahia, sirva para fazer uma liquidação de patrimônio muito abaixo do mercado”, concluiu.
No mês de março, o vice-presidente tricolor, Vitor Ferraz, confirmou que o clube já havia recebido ofertas pelo Fazendão. Mas, na ocasião o dirigente não revelou nomes dos interessados e nem as cifras envolvidas nas conversas.
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