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Chávare comenta busca por reforços e postura do Bahia no mercado

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Mercado
Publicada em 19 de junho de 2021 às 12:55 por Victor de Freitas

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Fonte: Lucas Figueiredo / CBF

O Bahia está no mercado em busca de reforços. Esse é um fato garantido pela diretoria. Em entrevista ao canal de Youtube ‘João Baêa’, o gerente de futebol Júnior Chávare detalhou a procura do clube por novas contratações, citou dificuldades e o motivo de estar “demorando” para anunciar novos atletas.

Segundo Chávare, o departamento de futebol e a Diretoria Executiva estão assumindo uma postura cautelosa no mercado da bola para não errar nas contratações.

O dirigente afirma que pior do que demorar para contratar é fechar negócios que vão gerar prejuízo tanto técnico, como também financeiramente.

Pior do que não trazer é trazer e em curto espaço de tempo ter a certeza de que você errou. Então, nós estamos tendo muito cuidado. Não vamos trazer por trazer. Algumas negociações já estiveram mais avançadas, mas recuaram. Vou repetir o que já disse: não vai haver insanidade financeira para se trazer jogadores. “Nós tivemos vários leilões em que saímos derrotados nesse período de contratações, mas saímos com a alma limpa porque conseguimos trazer jogadores que queríamos sem ter que entrar nessa situação. Eu acho que muita gente que entrou em processo de leilão, vão começar a sentir daqui para frente. Nós não. Nós temos a convicção, o planejamento”.

Necessidade de reforços

“Eu gostaria muito, me sinto um pouco frustrado, eu queria estar com esse elenco pronto no começo do brasileiro, absolutamente pronto, e só ficando de olho em oportunidades de mercado. A gente sabe que hoje precisa buscar opções para completar o elenco. Por mim, eu queria ter feito há dois meses, mas não dá para a gente ser nem insano financeiro, nem inconsequente técnico. Não vamos trazer por trazer. Estamos em um processo minucioso. Você pode fazer tudo certo e não dar certo, isso é do futebol, mas não acredito que sendo inconsequente e precipitado vai dar certo. Pode até acertar uma hora ou outra, mas é um campeonato longo”.

Mercado internacional e nacional: a busca pelo camisa 9 e outras posições

“A janela de meio de ano é uma possibilidade para nós em alguns casos. Os jogadores só entram aqui no dia 2 de agosto. Então, temos um mês e meio para buscar solução no exterior. E no mercado nacional, traz um 9 no Brasil para resolver o problema. Eu vou dar três nomes, mas não vou ter dinheiro para trazer, não tenho condição econômica. Então, temos que administrar com muita cautela. Tanto jogadores que estão no Brasil, como os que estão fora, vamos trazer no momento adequado. Mas vamos trazer. Isso é um compromisso, porque nós sabemos que precisamos. O elenco sabe disso. Não é menosprezo nenhum para o elenco. Eles sabem que o elenco está muito enxuto. Muito competente, mas enxuto. Precisamos trazer uma gordurinha para esse elenco para que possa acontecer inclusive o que aconteceu contra o Ceará. Temos que fazer rodízio, porque a condição médica desses jogadores era impossível ter jogado no meio de semana”.

Posições carentes

Inicialmente tentando fugir de citar posições carentes do elenco, Chávare afirmou que a busca é por conseguir reforços no prazo mais rápido possível, mas sem desespero.

“Eu gostaria de citar posições, mas gostaria que entendessem a nossa posição. Se eu cito, parece que estou menosprezado quem está no elenco ou quem está no elenco é deficitário. Não é. A gente trabalha por setor na equipe. Trabalhamos por setor essas reposições. O prazo é o mais rápido possível, desde que a gente consiga viabilizar a vinda deles. Se formos buscar jogadores do exterior, só poderão chegar em 02/08. Por mim, uma ponta de frustração nesse início de trabalho é não ter já deixado pronto esse elenco. Mas não por falta de trabalho e sim por convicção de não trazer sem a gente ter a certeza de que era quem a gente queria trazer/questão financeira”.

Apesar de afirmar que não pretendia citar posições, ao longo da entrevista o gerente de futebol tricolor deu indícios de setores do elenco que são vistos como carências.

A lateral-esquerda é uma posição que Chávare admite que o departamento de futebol entende como carente.

“Faz parte da nossa busca. Não gosto de falar de posição, mas parece que é uma angústia da torcida para ouvir essa resposta, então serei muito objetivo. A lateral-esquerda é uma carência que a gente identifica e que precisaria de mais um atleta”.

Preparado para possíveis entradas e saídas de jogadores na janela

Seguindo na resposta sobre a carência na lateral-esquerda, Chávare também afirmou que a diretoria, em muitos casos, se prepara para possíveis saídas.

“(…) Muitas vezes se pensa tão somente na saída de um ou de outro, por não estar tecnicamente correspondendo naquele momento, mas precisamos lembrar que a janela ao mesmo tempo que nos permite trazer jogadores, nos permite perder jogadores. Então, precisamos estar preparados para tudo isso. Muitas vezes quando um jogador chega, se fala em trazer mais um jogador para essa posição, que vai ter três ou cinco. A gente sabe das consultas que acontecem aqui para possíveis saídas, então temos que estar preparados. Uma das coisas que aprendemos no futebol, aliás, normalmente, não dá para esperar sair e depois buscar”.

 

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