Em estudo divulgado pelo Itaú BBA, as dívidas do Bahia tiveram um grande crescimento desde 2012. Pelo lado do clube, o diretor financeiro Marcleo Barros explicou como andam as contas do Esquadrão.
Em 2012, o Itaú BBA divulgou o balanço financeiro dos clubes brasileiro estipulando a dívida do Bahia em R$ 72 milhões. Já no balanço atual, a dívida do Tricolor chega cresceu quase 300%, com R$ 193 milhões a serem pagos a muitos credores.
Segundo Marcelo Barros, o aumento da dívida apontado pelo estudo não acontece devido a uma gestão financeira ruim, com gastos excessivos. Pelo contrário. Os novos gastos divulgados teriam vindo à tona somente agora, mas são provenientes de presidentes que antecederam Marcelo Sant’Ana.
“Na verdade, o pessoal lá do BBA não tem como conhecer os detalhes do histórico do Bahia. Para eles, fica aparecendo como dívida quando, na verdade, o que ocorreu é que a gestão veio reconhecendo dívidas de lá da época anterior à intervenção que não eram reconhecidas no balanço. Tem que informar o que, de fato, existe. É obrigação nossa, no momento que tem conhecimento, registrar essas dívidas. Então, estava fazendo um levantamento aqui que em 2013, depois da intervenção, foram reconhecidos R$ 47 milhões de dívidas. Em 2014, mais R$ 32 (milhões). Em 2015 mais R$ 27 (milhões), e em 2016 nós reconhecemos mais R$ 13 (milhões)”, comentou o dirigente, em entrevista ao Globoesporte.com.
Ainda de acordo com o dirigente, a dívida reconhecida pela direção tricolor é de R$ 119 milhões. “Ao todo, fiz até a soma, de 2013 para 2016, a gente já reconheceu R$ 119 milhões em dívidas“.
O balanço total das dívidas do clube poderia ser ainda maior, mas Barros garante que a atual gestão já conseguiu realizar o pagamento de cerca de R$ 72 milhões a credores.
“A gente pagou R$ 72 milhões, mais ou menos, só nessa gestão (em dívidas). Estava comentando com Marcelo Sant’Ana outro dia. Se você olhar que a média de faturamento do Bahia nesses três anos vai ser por volta de R$ 75 (milhões), vai ser como se ele tivesse administrado nesses três com o dinheiro de dois. Um ano inteiro de faturamento só para pagamento de dívida. A gente paga, hoje, mais de um R$ 1 milhão por mês só de dívida”, explicou.
O jornalista Cássio Zirpoli, do Diário de Pernambuco, analisou o balanço feito para os times nordestinos e analisou a atuação financeira do Bahia da seguinte maneira:
“Operacionalmente conseguiu aumentar suas receitas, reduziu custos e despesas e assim gerou mais caixa, de forma consistente. Fez investimentos corretos, liquidou dívidas, aderiu ao Profut. O desafio agora é manter esta política de austeridade sem ter sucesso esportivo. Mas a persistência e paciência andam juntos com processos de ajuste, pois o resultado aparece apenas no longo prazo. Um clube saudável, equilibrado, tem mais chances de permanecer por mais tempo disputando a Série A”.
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