Fonte: Felipe Oliveira / EC Bahia
Nesta última quinta-feira (09), notícias quanto a possível ida de Zé Rafael ao Palmeiras passaram a circular na imprensa paulista. Já nesta sexta, a diretoria tricolor se pronunciou sobre a possibilidade de saída do jogador.
Em entrevista coletiva, o diretor de futebol Diego Cerri admitiu que o clube mantém conversas constantes com o Palmeiras desde o início do ano, além de já ter recusado ofertas de outros clubes por Zé Rafael em 2018. Entretanto, a negociação vive, de fato, um estágio avançado.
“É um assunto que sempre está em pauta pelo destaque de Zé. Sempre surge uma especulação, uma notícia sem fundamento. Tivemos propostas, o Palmeiras tem a preferência, foi uma coisa que o clube adquiriu. Estamos conversando com o Palmeiras e demonstaram interesse em exercer. Estamos cada vez mais conversando. Discutimos no começo do ano e o entendimento seria a permanência do Zé para esse ano. Ele permaneceu. As propostas apareceram já faz tempo e entendemos que seria importante um sacrifício para mantê-lo. Uma venda é uma receita importante, mas preferimos manter pela parte esportiva. Conhecemos o jogador, sabíamos que tinha tudo para fazer um segundo ano bom e que teríamos a oportunidade de vender posteriormente”, explicou o dirigente.
Em seguida, foi a vez de o presidente Guilherme Bellintani falar à nação tricolor em entrevista ao Programa do Esquadrão. Sem meias palavras, ele negou já ter um acordo firmado para vender o meia ao Palmeiras – descartando inclusive ter recebido alguma proposta de R$ 17 milhões.
“Zé Rafael não está vendido. As propostas existem desde que cheguei, variando de valores, clubes. Nenhuma proposta sequer chegou próxima aos 4 milhões de euros (R$ 17 milhões). Só para ser bem objetivo: não tivemos proposta nem que alcançou esse valor. Desde o começo, conversamos com o Zé, que é profissional, já teve proposta para ganhar quase três vezes mais do que recebe no Bahia, e ele nunca chegou para dizer que queria sair. Falamos para ele que [a proposta] tinha que ser bom para ele e para nós, o clube. Precisamos chegar em um patamar que esteja razoável para o clube e para o jogador. Para o jogador, eu diria que já chegou, mas não chegou para o clube. Estamos abertos ao mercado, não só para comprar, mas também para vender. O que dissemos (ao Zé Rafael) foi que ele estaria com a gente até o fim de 2018, e ele entendeu”, disse o persidente do Esquadrão.
Sobre o valor de 4 milhões de euros, Bellintani não estipula um valor para vender o jogador tricolor. Entretanto, ele também admite entender que o Bahia dificilmente conseguirá vender o atleta a clubes de alto potencial no mercado mundial.
“Barato e caro, quem determina é o mercado. A maior venda do futebol nordestino, em toda a história, foi Talisca, por 4 milhões de euro. Não estou dizendo que o Zé será vendido por esse valor, mas a gente precisa ter referência. Se conseguirmos valores superiores a isso, se chegar, vamos avaliar se vamos fazer ou não. Não adianta a gente querer vender o atleta por um preço que o mercado não paga, nem no momento que não seja o melhor para fazer. O atleta que sai do Bahia, ele muito raramente é comprado pelo clube topo de negociação mundial. Vou dar dois exemplos: do Daniel Alves, que foi vendido para o Sevilla antes de ir para o Barcelona; e do Talisca, que está na China, mas antes foi para o Benfica. O Bahia ainda não alcançou a situação, na Série A, que justifique que a gente tenha o mesmo sucesso de venda que outros clubes já adquirem. E é bom lembrar que o Zé já tem 25 anos, e não 21, como o Talisca tinha”, completou.
Zé Rafael é o goleador do Bahia em 2018 (11 gols), terceiro principal assistente (quatro assistências) e jogador com maior número de partidas (45).
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