A chegada do Grupo City ao comando do futebol do Bahia trouxe Cadu Santoro ao clube. Figura presente durante as negociações, em 2022, ele foi fixado como o principal nome do futebol tricolor.
Diretor de futebol, Santoro tem a autonomia para decidir temas relacionados às quatro linhas, como por exemplo a montagem do elenco do Esquadrão para a atual temporada, mas sem deixar de pensar nos anos que virão pela frente.
Após um primeiro ano com alto número de reforços, como forma de dar novo perfil ao elenco, o Bahia contratou apenas sete jogadores em 2024 – sendo que um deles só chegará em julho.
Além das contratações, o trabalho do dirigente tem sido marcado por renovações de contrato, e a mais recente foi a do meia-atacante Thaciano.
Em entrevista ao podcast Futebol S/A, Cadu Santoro destacou a importância das renovações contratuais de atletas com destaque no elenco, tendo em vista que a ‘espinha dorsal’ do elenco já está formada para as próximas temporadas.
“Precisamos valorizar as renovações de contrato que vão acontecer. Temos um elenco que terá poucas mudanças ao final de cada temporada, porque a espinha está criada”.
Com a projeção de menos contratações, ele também ressalta que os reforços pontuais a serem trazidos poderão ser provenientes de valores mais altos de transferência.
“(…) E vai mexer pontualmente e naturalmente com um poder financeiro maior para trazer algum atleta”.
Iago Borduchi, lateral-esquerdo do Augsburg-ALE, é o jogador que chegará ao Bahia em julho, após contratado assinado ainda em janeiro.
Com reforços trazidos com contratos mais longos do que ocorria anteriormente no Bahia, a tendência é de cada vez menos mudanças no elenco de uma temporada para a outra.
“Esse tipo de operação vai acontecer quando se tem esse perfil de atleta. Estamos pensando em quatro, cinco anos. Não só pensando no ano de 2024. No fim de 2023, tínhamos nove atletas terminando contrato. Temos que olhar os próximos anos e brincam comigo que a torcida do Bahia não quer nem vencer, quer contratações (risos). Mas vamos, naturalmente, com contratos longos, reduzir a quantidade de atletas na janela. Tivemos um primeiro ano com muitas contratações para o perfil do elenco. Nesse ano, com contratações mais pontuais que chegassem e impactassem”.
Trabalho no Bahia
Santoro também deu mais detalhes sobre a sua função na diretoria de futebol.
“A função do Diretor de Futebol passou a ser tratada hoje só com contratação. Se só trabalhamos nos três meses da janela, nos outros nove meses o que é feito? A função do Diretor de Futebol, naturalmente, tem a obrigação de acompanhar o dia-a-dia do clube, de fazer com que todos estejam pensando no próximo jogo, mas ao mesmo tempo estar envolvido em discussões sobre qual será o Bahia dos próximos 10, 15 anos. Eu faço um comparativo, olhando o novo modelo da SAF, e a dificuldade que deve ser o modelo associativo, porque a pessoa acaba se envolvendo emocionalmente com o jogo, e como as pessoas tomam decisões com aquele barulho. A minha função é de pensar no jogo, mas também no planejamento. E nós, como Grupo, eu venho de um lado de projeto, de multinacionais, e eu gosto. Mas a reestruturação do clube foi fundamental para pensar nos próximos 10 anos. E estamos trabalhando diariamente em decisões que não são vistas no curto prazo, mas que todos enxergarão no longo prazo”.
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