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As decepções da gestão Bellintani dentro de campo

Notícia
Copa do Brasil
Publicada em 6 de fevereiro de 2020 às 09:22 por Marcelo Barreto

Hoje o torcedor tricolor está de cabeça quente. Espera-se que também estejam toda a diretoria executiva do Bahia, comissão técnica e jogadores. O Bahia foi eliminado na primeira fase da Copa do Brasil para o River do Piauí, que está na lanterna do campeonato estadual e vai disputar a Série D do Campeonato Brasileiro.

Não bastasse a decepção, o resultado pífio de ontem significa uma perda financeira considerável no orçamento do clube. Na previsão orçamentária (que é conservadora), o Bahia tinha previsão de arrecadar cerca de R$ 6 milhões com a Copa do Brasil e sai apenas com a cota de participação de cerca de R$ 1 milhão.

Além disso, significa uma competição nacional a menos na temporada, que pode influenciar no tal projeto que é apresentado a possíveis reforços. E, falando de futebol, vimos um time apático, repetindo erros do segundo semestre de 2019 e um treinador (que já passa a ser questionado) sem repertório tático para mudar o jogo.

Olhando um pouco pra trás, infelizmente vemos que não é a primeira grande decepção no futebol da gestão do presidente Guilherme Bellintani. Uma gestão que ganhou holofotes com ações sociais e afirmativas (algumas inquestionáveis, outras que dividem opinião da torcida) e que continuou um processo de transformação administrativa e financeira iniciada em gestões anteriores pós 2013. Mas que está devendo no futebol e já acumula algumas decepções nesses 2 anos e 1 mês (e não vamos falar aqui dos desastrosos resultados das divisões de base no mesmo período):

Copa do Nordeste 2018: Após o título em 2017, o Tricolor encarou uma Copa do Nordeste como principal favorito ao título. Sport e Fortaleza não participaram do torneio nesse ano. Após terminar a fase de grupos como líder, o Bahia encarou Botafogo-PB (quartas), Ceará (semi) e o Sampaio Correa na final. E em 180 minutos o Bahia não conseguiu marcar um gol no modesto time do Maranhão, que calou uma Fonte Nova lotada e levantou a taça do Nordeste.

Campeonato Baiano 2019
: Apesar do título, uma classificação pras fases finais em terceiro lugar, apenas garantida no último jogo da primeira fase após tropeços de Vitória e Vitória da Conquista. Sem o rival classificado, passou pelo Atlético de Alagoinhas na semifinal e bateu o Bahia de Feira na Final por 1×0. Ao todo, 42 jogadores foram utilizados pelo Bahia e nenhuma escalação foi repetida. Três técnicos comandaram o time no certame estadual (Cláudio Prates, Enderson Moreira e Roger Machado).

Copa do Nordeste 2019
: Eliminado do certame regional ainda na fase de grupos. O último e derradeiro jogo foi contra o mesmo Sampaio Correa, quando o Bahia precisava vencer pra se classificar em quarto lugar e levou 1×0 com um golaço de cobertura.

Sul-Americana 2019
: Eliminação na primeira fase da competição para o modesto time do Liverpool do Uruguai, que em 103 anos de história ganhou apenas seis títulos de segunda divisão, tendo o último deles sido conquistado em 2015.

Campeonato Brasileiro 2019
: Apesar de ter terminado na 11ª colocação, o Bahia fez uma campanha de Z-4 no segundo turno, eliminando algumas chances que teve de se manter entre os 8 classificados para a Libertadores. Foram apenas 18 pontos no returno (31,58% de aproveitamento), apenas 2 pontos acima do CSA, por exemplo, que teve a segunda pior campanha.

Copa do Brasil 2020
: eliminado pelo River-PI na primeira fase. A competição nacional com excelentes premiações e que pode trazer um título nacional pra times que ainda não tem o poder financeiro para se manter no topo de uma competição de pontos corridos, como a Série A.

Resta ao Bahia em 2020 transformar em campo a hegemonia que tem no Nordeste em termos de orçamento e organização e ganhar o título. O estadual, apesar de ter premiações quase insignificantes serve pra manter a hegemonia estadual e conquistar um tri-campeonato que não vem desde 1988. E dar o sangue buscando realmente algo maior na Sul-Americana e Série A. Faca nos desntes, garra, raça, vontade de vencer durante os 90 minutos. Algo que não vemos nesse time desde o segundo semestre de 2019.

Boa sorte ao Bahia e que o presidente Guilherme Bellintani possa encerrar seu mandato com feitos relevantes também no futebol.

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