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Notícia | Entrevista

Publicada em 02 de junho de 2020 às 11h50

Bellintani explica impacto do plano de sócios no orçamento do Bahia

Presidente relata queda de 36% nas receitas de sócios em abril; maio teve nova queda

Victor de Freitas

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Fonte: Arquivo Pessoal

O Bahia tem sofrido o impacto da crise econômica causada pela pandemia de coronavírus. Contudo, as receitas provenientes do plano de sócios têm sido fundamentais para a manutenção de salários em dia durante o período de suspensão das cotas de TV.

Em live promovida pelo grupo Simplesmente Bahia, o presidente Guilherme Bellintani detalhou como o plano de sócios impacta diretamente no orçamento projetado pelo Bahia para a temporada de 2020, ressaltando a importância de cada associado para a sequência da evolução do clube.

De acordo com o dirigente tricolor, o plano de sócios do Bahia corresponde a 25% do orçamento traçado pelo Bahia para 2020. E é por isso que se torna ainda mais importante a manutenção dessa receita durante a pandemia.

“O orçamento projetado para o Bahia enviado para o Conselho Deliberativo esse ano foi de R$ 165 milhões, mas na prática era esperado atingir o mesmo de 2019 ou até crescer um pouco para R$ 180 milhões a R$ 200 milhões. Desse valor, 25% corresponde ao plano de sócios. Isso significa que o Bahia está no topo, entre os clubes da Série A, percentualmente falando entre os clubes que mais arrecadam com plano de sócios. Isso quer dizer que o plano de sócios do Bahia é mais do que como os outros clubes fazem. É mais do que sócio-torcedor. No Bahia, o sócio é dono do clube. Ele paga mensalidade para poder participar do dia-a-dia do clube, para votar, aprovar ou reprovar decisões da diretoria, participar de assembleias gerais. Enfim, é um cotista, um acionista do clube, é dono do Bahia. Essa conquista a gente teve com o estatuto do Bahia de 2013. Justamente por isso, o peso da contribuição do plano de sócios do Bahia é muito maior do que a média dos outros clubes. É muito bom, é uma grande conquista que tivemos”.

  • Queda de 36% nos pagamentos de março para abril

Em março, o Bahia recebeu cerca de R$ 2,9 milhões em receitas de sócios. Já em abril, essa receita caiu para R$ 1,9 milhão.

Bellintani explicou a queda e o impacto dessa redução nas receitas provenientes dos associados.

“Da mesma forma como isso tudo é uma grande conquista, nesse momento é isso que vai determinar o quanto vamos perder no orçamento de 2020. Isso porque no momento que o futebol é paralisado, e todos sabem que não será retomado imediatamente com público no estádio, o sócio pensa assim: ‘já que não vai ter jogo, deixa eu parar de pagar’. E aí aconteceu de março para abril uma queda de 36% no pagamento do plano de sócios. De abril para maio, uma nova queda que a gente ainda não consegue medir”.

  • Em que isso impacta?

“No orçamento do clube, que era previsto R$ 45 milhões com plano de sócios esse ano deve cair pela metade ou até mais. A gente deve perder entre R$ 20 milhões a R$ 25 milhões de arrecadação com o plano de sócios. Justamente por isso a gente vem tendo uma série de movimentos para dizer ao sócio sobre o quanto é importante a manutenção dele em dia”.

“Muitas pessoas podem falar: ‘estou pagando, mas não tem jogo’. Sim, não tem jogo. Mas é o seu clube. Você já pagou tanto para reconstruir, para chegar onde ele está. E agora que a gente precisa, mesmo não tendo jogo, você vai abandonar? Com todo respeito ao sócio que não está com grana. A gente precisa compreender nesses casos. Estou falando do sócio que pode pagar. Se tivesse jogo, você poderia pagar? Se poderia, continue pagando. Você tem uma grande conquista que você assumiu nos últimos anos que é a reconstrução desse clube. E agora se você olhar para isso com um olhar de consumo, você vai fazer com que esse clube volte a perder receita significa e demore anos e anos para recuperar”.

“Então, tivemos uma queda de 36% no pagamento de março para abril. De abril para maio, mais uma queda significativa que ainda não sabemos quanto foi. A gente espera que isso em junho fique estagnado ou até volte a crescer”.

  • Parcelamento de dívidas dos associados inadimplentes

“O sócio que está com parcela em aberto de maio para trás, a gente precisa desse cara de volta. Não dá para perdoar dívida, porque seria injusto com quem está pagando. Mas o Conselho aprovou que essa dívida poderá ser parcelada em 18 vezes. Não importa se três, duas ou até uma parcela em aberto. Vai poder parcelar desde que pague junho normalmente. A gente atinge um público importante, que é quem não tem a grana mais tranquila, mas não quer perder a condição de sócio”.

  • Número de sócios triplicou na atual gestão

“Quando assumi o clube em 2017, a gente tinha 14 mil sócios e no momento antes da pandemia estávamos chegando a 45 mil. Nós triplicamos o plano de sócios em dois anos e três meses. Quando digo “nós”, trata-se da torcida inteira. Passando por Fernando Schmidt, na gestão de Marcelo Sant’Ana e Pedro Henriques houve uma organização maior sob o ponto de vista comercial. E agora, nessa gestão um verdadeiro crescimento no número de associações”.

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