Fonte: Felipe Oliveira / EC Bahia
O que já era esperado, agora está devidamente oficializado. O Bahia confirmou sua entrada na Liga do Futebol Brasileiro (Libra), se juntando a outras 17 equipes entre as Séries A e B.
Confira a nota oficial do clube:
“O Esporte Clube Bahia anuncia a decisão de aderir à Liga do Futebol Brasileiro (Libra), dando continuidade ao papel ativo do Esquadrão neste processo desde 2019, reconhecendo os avanços alcançados até o momento e entendendo se tratar de um movimento com potencial para avanços históricos.
Temos o firme compromisso de trabalhar em estreita colaboração com todas as partes envolvidas para fazer os ajustes necessários no projeto e contribuir positivamente pela criação de uma liga independente, com a união de todos os clubes, inclusive aqueles que ainda não estejam com a gente, transformando o futebol brasileiro com mudanças positivas para clubes, jogadores e torcedores”.
Entenda o que é a Libra e qual é o objetivo da sua criação
A criação da liga tem como objetivo inicial negociar os direitos de transmissão do futebol brasileiro referentes aos anos de 2025 a 2029 de forma coletiva. As negociações podem começar já em 2023.
Outro objetivo, este ainda maior, seria a criação de uma liga única dos clubes para a organização das Séries A e B no futuro.
Porém, esse é um ponto que ainda está distante, tendo em vista que até o momento não há consenso entre todos clubes e uma grande quantidade de equipes optaram por criar um bloco diferente.
A principal divergência entre os clubes é a divisão dos direito de transmissão que serão negociados pela liga. Libra e LFF conversam para tentar estreitar laços e diminuir a distância entre elas.
Uma das ideias é de que o primeiro da lista de direitos de TV não receba valores superiores a 3,5 vezes a mais do que o último colocado.
O maior exemplo de sucesso em uma liga é a Premier League, que é conduzida de forma que permite uma maior competitividade e agressividade de todos os seus 20 clubes no mercado.
Sobre as cotas de TV, a Libra propõe a seguinte divisão:
- 40% dos direitos de TV de forma igualitária;
- 30% por performance;
- 30% por audiência e engajamento.
Clubes da Libra (18): Bahia, Botafogo, Corinthians, Cruzeiro, Flamengo, Grêmio, Guarani, Ituano, Mirassol, Novorizontino, Palmeiras, Ponte Preta, Red Bull Bragantino, Sampaio Corrêa, Santos, São Paulo, Vasco e Vitória.
A Libra tem Codajás Kapital Sports e o BTG Pactual como empresas responsáveis por suas negociações. Inclusive, já existe uma oferta de R$ 5 bilhões feita pelo Mubadala Capital (grupo árabe dono da Acelen) por 20% dos direitos comerciais.
E as outras equipes das Séries A e B?
Os outros 22 clubes que compõem o número de 40 times, entre as duas maiores competições do futebol nacional, estão fechados com a Liga Futebol Forte (LFF), formando um bloco “anti-Libra”.
O bloco LFF concorda em uma divisão de 50% do valor de forma igualitária para cada clube; 25% por performance e 25% por audiência.
Portanto, são 10% a mais de forma igualitária do que a Libra defende.
Clubes da LFF (26): ABC, Athletico-PR, Atlético-MG, América-MG, Atlético-GO, Avaí, Chapecoense, Coritiba, Ceará, Criciúma, CRB, Cuiabá, Figueirense, Fluminense, Fortaleza, Goiás, Internacional, Juventude, Londrina, Sport, Tombense e Vila Nova, além dos clubes que caíram para a Série C, como Brusque, CSA, Operário e Náutico.
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