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Bahia assina com o Ministério Público para criar Plano Antirracista

Notícia
Política
Publicada em 14 de agosto de 2022 às 10:57 por Victor de Freitas

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Fonte: Divulgação / EC Bahia

O Bahia assinou um termo de colaboração como o Ministério Público para produzir e apresentar um Plano de Ação Antirracista.

O termo foi assinado pelo vice-presidente Vitor Ferraz, pela direção jurídica do clube e pela promotora de Justiça Lívia Vaz, titular Promotoria de Justiça de Combate ao Racismo e à Intolerância Religiosa do MP.

Com a assinatura do termo, o Bahia se compromete com os seguintes pontos, segundo nota oficial divulgada pelo clube:

“Não adotar ou tolerar qualquer ato ou conduta que possa ser caracterizada como prática discriminatória em razão da religião, raça, cor, cultura ou etnia, seja por parte de funcionários ou atletas, inclusive prevenindo, proibindo e punindo atos e procedimentos discriminatórios que possam humilhá-los, expô-los ou ridicularizá-los, garantindo-lhes tratamento digno e livre de discriminação

O Bahia assumiu também o compromisso de ajustar suas normas internas e cláusulas contratuais, prevendo a aplicação de sanções para atletas ou funcionários que praticarem qualquer forma de discriminação, em especial de caráter racista, sexista, xenófobo ou LGBTfóbico.

O Bahia se comprometeu também a ampliar a contratação de profissionais negras e negros nos seus quadros internos e a encaminhas proposta ao seu conselho deliberativo para adoção de cotas raciais de pelo menos 30% para pessoas negras, em eleições futuras.

O clube se comprometeu ainda a propor a convocação de audiência pública envolvendo clubes de futebol de todas as séries e a Confederação Brasileira de Futebol, para a criação de Frente Nacional de Enfrentamento ao Racismo no Futebol. A frente atuaria em articulação com os movimentos sociais, pesquisadores, juristas, atletas e outras personalidades negras e teria como objetivo debater e propor ajustes nos procedimentos e regulamentos das competições, com vistas a instituir práticas de arbitragem e dispositivos regulatórios capazes de oferecer subsídios para o enfrentamento ao racismo nos gramados e estádios.

O Bahia irá analisar ainda a possibilidade de produzir campanha antirracista de caráter nacional, com conteúdo construído em parceria com o MP representantes de movimentos negros locais, a ser divulgada em jogos do Esporte Clube Bahia, inscrições nas camisas dos atletas e outras peças publicitárias”.

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