Como qualquer outro clube brasileiro, o Bahia sofreu diretamente o impacto da paralisação no futebol causada pela pandemia de coronavírus. Com nota oficial, o clube explica detalhes financeiros do primeiro semestre e das dificuldades econômicas pelas quais o Esquadrão passa desde março.
Diante de dificuldades financeiras, o Bahia afirma que fez investimentos estratégicos na Cidade Tricolor e decidiu não vender atletas titulares, como por exemplo volante Gregore que teve oferta de R$ 20 milhões.
Já através de seu site oficial, o Bahia divulga os valores recebidos e as despesas dos primeiros quatro meses do ano.
Clique aqui para ver todos os detalhes do fluxo financeiro de janeiro a abril
Em comparação com os primeiros três meses do ano, abril teve uma queda de mais de R$ 10 milhões em receitas.
Houve queda drástica, principalmente, nas receitas provenientes de cotas de TV. Em março, o clube recebeu R$ 4,5 milhões. Já em abril, somente R$ 151 mil.
Confira a nota assinada pelo presidente Guilherme Bellintani e pelo vice-presidente Vitor Ferraz:
Reforçando o compromisso com a política de transparência, a Diretoria Executiva torna público os demonstrativos financeiros dos meses de março e abril de 2020.
Três circunstâncias combinadas impactaram, de maneira determinante, para um cenário de maior dificuldade no referido período.
- Decisão estratégica e planejada de realizar robustos investimentos nas obras e equipamentos do novo Centro de Treinamento com recursos do próprio caixa, nos meses de janeiro a março, sem financiamento bancário e sem liquidar o antigo CT no curto prazo. O antigo CT segue como ativo do Clube.
- Decisão igualmente planejada de não vender atletas no 1º semestre de 2020, mesmo com ofertas significativas na ordem de R$ 20 milhões por apenas um dos atletas, com foco na competitividade do time e na manutenção de ativos importantes para negociações na janela do meio do ano, quando há maior movimentação no mercado.
- Por fim, fator não previsto, diferente dos demais, os efeitos evidentes, já em março de 2020, da pandemia do Covid-19, responsável pela suspensão de todas as atividades esportivas e queda acentuada de receitas do Clube, inclusive suspensão integral ou parcial dos pagamentos dos contratos de TV, receita mais significativa do Clube.
Principalmente em razão dos efeitos da pandemia do Covid-19, entendemos que haverá um impacto no resultado orçado para o ano de 2020. Porém, é possível projetar cenário de relativa recuperação a partir de agosto de 2020, principalmente em razão do retorno às atividades esportivas, alternativas viáveis de liquidação de patrimônio (número razoável de atletas com contratos definitivos e com significativo valor de mercado), além das estratégias já implantadas de redução de despesas, repactuação de contratos e fortalecimento de boas práticas de governança.
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