Fonte: Felipe Oliveira / EC Bahia
O Conselho Deliberativo do Bahia aprovou as contas do Bahia em 2022, faltando agora a votação dos sócios-torcedores na Assembleia Geral marcada para o dia 29 de abril.
As contas do Esquadrão de Aço no ano em que disputou a Série B tiveram um resultado final com déficit de R$ 77,7 milhões. Confira abaixo trechos decisivos das contas do Bahia em 2022.
Cotas de TV
O primeiro motivo foi drástica redução das cotas de TV – que caíram de R$ 90 milhões em 2021 para apenas R$ 18 milhões em receitas no ano passado.
Sendo assim, as cotas de TV representaram apenas 16% das receitas do Bahia em 2022, sendo que no ano anterior, em 2021, representava 43% da receita total da temporada.
Isso porque, foi a primeira vez que o Bahia jogou a segunda divisão sem a chamada “cláusula paraquedas” após uma queda. Ou seja, o ano inteiro foi realizado com receita de Série B na prática.
Não à toa, a TV deixou de ser a principal receita do clube na última temporada.
Patrocínio, sócios e bilheteria
Houve uma estabilidade, apesar do rebaixamento, nos valores de patrocinadores (R$ 18 milhões), enquanto ao longo do ano foi registrado um aumento de R$ 13 milhões em receita com sócios e bilheteria, na comparação com 2021. A torcida foi fundamental.
Gastos acima do orçamento: o ‘tudo ou nada’ do Bahia à espera da SAF
O clube previa R$ 80 milhões com despesas no futebol, em 2022, mas acabou o ano gastando R$ 125 milhões.
O aumento nos gastos, mesmo sem ter de onde tirar, foi uma aposta alta feita pela Diretoria Executiva.
Só o orçamento de salários no futebol profissional era previsto para R$ 40 milhões e subiu para R$ 65 milhões, como um “tudo ou nada” para subir de divisão e iniciar 2023 sob o comando do Grupo City na Série A.
Acordos para quitar dívidas históricas
Além disso, houve a resolução do litígio com o Banco Opportunity, que não era previsto em orçamento, gerando ‘prejuízo’ de R$ 35 milhões nas contas de 2022.
Solucionar esta dívida histórica foi fator preponderante para a finalização do acordo com o Grupo City, que, por sua vez, já estava disposto, por contrato a arcar com todas as dívidas do futebol do Bahia em relação a 2022 e anos anteriores.
A dívida já estava em R$ 115 milhões, com juros ao longo dos anos do processo, mas foi negociada por R$ 35 milhões, que serão pagos em 84 parcelas.
Outro item fundamental para a chegada do City foi o reconhecimento e atualização de R$ 11,7 milhões em acordos cíveis e dívidas trabalhistas, também gerando impacto nas contas.
Resultado das contas anuais do Bahia na gestão Bellintani (2018-2022)
- 2018 (A): +4.481.000
- 2019 (A): +3.881.000
- 2020 (A): -50.641.000
- 2021 (A): +27.751.000
- 2022 (B): -77.758.000
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