Ednaldo Rodrigues está oficialmente afastado do posto de presidente da Confederação Brasileira de Futebol. Em julgamento no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), o dirigente foi destituído e um interventor já foi nomeado.
O motivo do afastamento se dá em razão de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), que foi celebrado entre CBF, com Ednaldo como presidente interino, e o Ministério Público do Rio de Janeiro, determinando novas regras eleitorais e permitindo sua eleição por quatro anos.
Em votação na 21ª Vara de Direito Privado do TJ-RJ, a decisão foi unânime de anular o TEC celebrado por Ednaldo Rodrigues, por justificar que o MP não tinha competência para autorizar mudanças nas regras eleitorais de uma entidade privada.
Escolhido pelo TJ-RJ, José Perdiz, atual presidente do STJD, foi nomeado como interventor da CBF para organizar uma nova eleição dentro do prazo de até 30 dias – podendo ocorrer ainda em 2023.
Associação Nacional de Árbitros comemora saída de Ednaldo
Associação independente e que representa os árbitros do futebol brasileiro, a ANAF se posicionou de forma a celebrar a saída de Ednaldo do poder. Para a classe, ele foi o pior presidente da CBF no passado recente.
A crítica da ANAF contra Ednaldo Rodrigues já vem desde 2022, quando a associação afirmou que a CBF havia cortado o repasse financeiro de R$ 30 mil mensais. Houve inclusive uma reunião para organizar uma greve, em 2022.
Leia a nota oficial assinada por Salmo Valentim, presidente da ANAF, na íntegra:
“Como presidente da Associação Nacional dos Árbitros de Futebol do Brasil – ANAF; entidade-classe da categoria, gostaria de parabenizar a justiça brasileira por ter afastado da CBF o PIOR PRESIDENTE de sua história recente.
O futebol brasileiro vive dias ruins com os resultados jamais antes vistos em nossa Seleção. E com a arbitragem não é diferente. Tivemos a pior temporada da história. Faltam investimentos básicos, mas hoje temos a chance de viver um novo momento.
Agora chegou a vez da arbitragem andar sozinha e se livrar, de uma vez por todas, da CBF! Dessa forma poderemos qualificar melhor nossos árbitros para que erros pífios como vimos na última edição do Campeonato Brasileiro, que até prejudicaram os clubes, não voltem ocorrer.
“Clubes e federações precisam cortar o cordão umbilical e abrir um manifesto contra o retorno de Ednaldo Rodrigues, que mesmo com toda a força financeira da CBF, mais uma vez, protagoniza mais uma polêmica em sua triste passagem pela casa do futebol brasileiro”.
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