Governo descarta negociar Pituaçu: ‘prejudicaria o futebol baiano'

Fonte: Divulgação

A Arena Fonte Nova já está na mira do Grupo City para uma eventual negociação no futuro, seja para concessão do equipamento esportivo ou até mesmo uma compra.

Após o contato inicial do CEO Ferran Soriano, do Grupo City, o Governo do Estado tem confirmado que existem a possibilidade real de negociação com o conglomerado árabe pelo estádio.

Se por um lado os custos de manutenção e gestão da Fonte Nova são elevados, e são mais propícios para a iniciativa privada, o estádio de Pituaçu não entrará em nenhuma negociação, segundo diz o secretário do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), Davidson Magalhães

"Eu pessoalmente acho que o Estado não pode deixar de ter um centro esportivo do porte de Pituaçu, porque tem os times da segunda divisão, tem outras ações, tem sub-15, torneios. Nós não podemos pegar todas essas instituições e entregar ao poder privado. Porque aí também nós podemos com isso prejudicar o próprio futebol baiano, porque se isso fica na mão só de um clube isso também tende a dificultar o acesso dos outros e nós não podemos fazer isso”.

“Acho que a Fonte Nova sim (pode ser negociada), mas Pituaçu deve ficar como até agora, isso foi uma iniciativa apresentada no passado, mas hoje não existe nenhum debate em relação a Pituaçu. E a manutenção de Pituaçu é uma manutenção muito menor do que a manutenção da Fonte Nova”.

Para o Governo, a manutenção da Fonte Nova necessita de conseguir eventos além do futebol, o que significaria investir em shows, o que não está no foco atual.

“A estrutura que o Estado deveria montar pra fazer o processo de manutenção e de viabilização econômica da Fonte Nova com eventos, não tem a ver com a natureza, as prioridades do estado, enquanto Pituaçu, eu acho que já é uma estrutura consolidada para uso público”, acrescentou Davidson Magalhães.