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Sobe e Desce: o ficou em alta ou em baixa na semana

Notícia
Sobe e Desce
Publicada em 24 de outubro de 2022 às 09:54 por Victor de Freitas

 

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Fonte: ecbahia.com

Com o tradicional editorial “Sobe e Desce”, o ecbahia.com avalia toda segunda-feira o que de melhor – e pior – aconteceu no Esporte Clube Bahia, envolvendo jogadores, comissão técnica, diretoria e ações que marcaram a semana anterior do clube.

Sobe: a Nação!

Nem precisa de explicação para tal escolha. Não há ponto mais alto na temporada do Bahia do que a atuação da nação nas arquibancadas. Contra o Vila Nova, mais uma vez houve recorde de público presente. Quase 49 mil pessoas na Arena!

Mesmo com o time caminhando com tropeços rumo à Série A, na reta decisiva, a torcida vem fazendo a sua parte como mais do que um “12º jogador”, mas como o grande destaque do Bahia na Série B.

A prova disso está mais do que clara. Sem o apoio da torcida, jogando fora de casa, o time se torna um mero coadjuvante em todos os jogos, contra quaisquer adversários. No segundo turno, tem desempenho e pontuação de time de fim de tabela quando atuou como visitante.

Por outro lado, por mais que a nação faça sua parte da melhor maneira possível nas arquibancadas, não entra em campo para fazer os gols.

Com bola rolando, a equipe vem decepcionando apesar do apoio incondicional.

Desce: Repetir time com jogadores errados

É altamente compreensível a tentativa do técnico Eduardo Barroca de optar por mudar pouco o time de uma partida para a outra, em razão do seu pouco tempo de clube em uma fase decisiva.

Porém, o treinador tem feito algumas escolhas erradas no momento de tentar repetir ao máximo suas escalações.

O maior exemplo é o de Patrick de Lucca. Reprovado pela torcida na maior parte da Série B, ele não tem tido atuações de destaque e até acumulou falhas em momentos importantes do campeonato.

Sua presença como titular absoluto na função de primeiro volante não é compreensível tecnicamente e nem taticamente, já que há outros que poderiam exercer a posição da mesma ou até de melhor maneira.

Independentemente do nível de apresentação que demonstre em campo, continua sendo titular jogo após jogo.

Rezende é o melhor volante do Bahia na Série B, conforme os números de desarme e roubadas de bola apontam, mas amargou a reserva nas últimas três partidas. Nem entrou em campo contra o Vila.

Para exemplificar, Rezende tem 3.1 desarmes por jogo no campeonato e Patrick apenas 1.5 desarme certo por partida. Ambos atuam na contenção de jogadas e os números são claros quanto à eficiência de cada um na função que exercem. Os dados são do Sofascore.

No ataque, Caio Vidal foi escalado como titular em partidas consecutivas sem desempenhar um futebol que fizesse por merecer a titularidade em três jogos seguidos, inclusive com Davó no banco.

Por falar em Davó, a justificativa de que ele “é um jogador que precisa de espaço para jogar” não cola, né?! O próprio Vidal também precisa de espaço para atacar. É um argumento que, ao ver o jogo na prática, se torna vazio.

Davó também consegue atuar na ponta e, mais do que isso, tem o senso de posicionamento de um centroavante ao pisar na grande área, o que tem faltado para o Bahia nos últimos jogos. Não pode ser reserva.

Sobre a parte física, Davó desfalcou o time por menos de cinco dias quando sofreu uma pequena lesão contra a Chapecoense no fim de setembro. Na outra semana, já estava disponível. E já faz quase um mês que aconteceu.

Ainda no ataque, Ricardo Goulart como falso centroavante se torna uma falsa arma em campo. Não é nessa função que ele desempenhou bom futebol ao longo da carreira e nunca será. Em sua chegada, o próprio jogador afirmou que sua posição é de jogar atrás do camisa 9.

Com ele no comando de ataque, o Bahia perde profundidade e permite que os defensores consigam fechar melhor os espaços pelo centro, dificultando a entrada por esse setor, tendo em vista que o próprio jogador tem por característica sair da área para tentar tocar na bola e auxiliar na armação de jogadas.

Contra o Guarani, pela ausência de Daniel é provável que ele seja o “camisa 10”. Ao menos, é o mais provável.

Por fim, façamos justiça às escolhas nas laterais. Luiz Henrique é o único lateral-esquerdo em condições físicas para entrar em campo. Quanto à presença de Marcinho no time titular, o treinador explicou ter sido motivada apenas por razões físicas do jovem André. Mas, que não se repita!

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