Após período de hiato, o editorial “Sobe e Desce”, do ecbahia.com, retorna nesta segunda-feira (21). A ideia é de avaliar e destacar um jogador, ação ou situação que ocorreu de forma positiva e outro destaque sob o ponto de vista negativo, levando em consideração apenas a semana que passou.
Portanto, levamos em consideração os jogos disputados pelo Bahia contra CSA e Fortaleza, entre quarta e sábado, ambos pela Copa do Nordeste, nos quais o Bahia só somou um ponto.
Sobe: Hugo Rodallega, o gringo artilheiro!
Não poderia ser diferente. Rodallega foi o único destaque positivo do Bahia na última semana e também é o principal nome do time em toda a temporada de 2022.
É ele quem marca os gols, é ele quem aparece quando o time está vivendo seus piores momentos dentro da partida.
Com poucos toques na bola, mas sempre com qualidade, o centroavante precisa de pouco espaço e nem sequer necessita estar perto do gol, para ser letal!
Foi assim contra o CSA e também contra o Fortaleza. Rodallega tem feito a parte dele, que é de marcar gols, muitos deles improváveis, como o golaço de fora da área diante da equipe alagoana.
Cabe ao time acompanhar o desempenho do colombiano, ou pelo menos tentar se aproximar do nível técnico que ele entrega em campo. Nesse caso, a tarefa também é do treinador, que precisa aproveitar o que há de melhor em seu grupo.
Desce: Escalação de Henrique como titular aponta incoerências de Guto e da diretoria
Contratado recentemente, Henrique chegou ao Bahia sem experiência profissional após seu contrato com a Ponte Preta ter sido encerrado depois de sair do time sub-20.
Mesmo assim, é o principal reserva da zaga tricolor neste momento. A comprovação é que foi ele quem substituiu Luiz Otávio contra o Fortaleza, no maior teste do Bahia em 2022.
A incoerência na escalação do jovem atleta não se dá pela idade (20 anos), mas pela forma como ocorreu.
Em outras situações, o próprio Guto Ferreira já havia relatado ter cautela no momento de lançar atletas da base. Mas, quando chegou um da base de outro clube, rapidamente conquistou lugar no time.
Não só isso. Gustavo Henrique é um atleta mais experimentado e bem adaptado ao nível de jogos que o Bahia é acostumado a jogar. Atuou em seis jogos do último Brasileirão, incluindo partidas fundamentais nas rodadas 34 a 36. Chegou, inclusive, a iniciar 2022 como titular, mas já aparece como quarta opção.
E continua. Em discursos da diretoria e do próprio treinador, foi afirmado que Série B exige um perfil diferente de jogadores, de preferência com força física e conhecimento da competição. É o caso de Henrique? Acreditamos que não. Ao menos, não neste momento a ponto de ser escalado contra o melhor time do Nordeste na atualidade.
A rápida ascensão de Henrique à vaga de titular do Bahia faria sentido caso o defensor tivesse demonstrado merecimento em campo, o que não ocorreu nas duas partidas anteriores que disputou. Mas, claro, é apenas uma opinião.
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