Roberto Braga, novo coordenador técnico da base (Fonte: Divulgação / EC Bahia)
Um dos focos da diretoria tricolor, a divisão de base do Bahia tem recebido constantemente novos reforços, tanto para o elenco, como também para o corpo técnico das equipes mais jovens.
Profissional de 33 anos, Roberto Braga chegou ao Esquadrão para assumir o cargo de coordenador técnico das categorias de formação de atletas. Seu trabalho anterior aconteceu na Ferroviária-SP, entre 2016 a 2019, onde trabalhou na mesma função.
Em um mês de trabalho no Fazendão, o novo coordenador das categorias de base do Bahia falou sobre os motivos que lhe fizeram aceitar um cargo no Esquadrão. Ele citou o projeto apresentado por Marcelo Vilhena, gestor da base, e afirmou ver o clube com condições de brigar por títulos a nível nacional.
“O Bahia tem um plano ambicioso e isso me motivou a vir para cá. É um projeto muito estruturado, onde a integração entre base e profissional é muito boa. O Marcelo Vilhena, nosso gerente, tem um projeto bastante sólido. Isso é o que mais me atraiu. O desejo do Bahia é estar de fato entre as principais bases do Brasil. Brigar frente a frente com Palmeiras, São Paulo, Grêmio, Inter, Flamengo… os maiores do Brasil, esse é o nosso principal objetivo. E o clube tem esse potencial. Se consolidar como o maior do Nordeste e poder de fato ser um dos melhores do país”, disse o profissional, em entrevista ao Yahoo Esportes.
No Bahia, Roberto Braga está próximo de todas as comissões técnicas, além de tudo que é referente ao desenvolvimento dos jogadores da base, tanto dentro, como também fora de campo. O profissional também trabalha junto dos setores de nutrição, psicologia, fisiologia e fisioterapia, com o objetivo de aprimorar o processo de formação.
“O clube já tinha uma ideia, conceitos bem encaminhados. A minha função tem sido dialogar com as comissões e criar processos aqui. Processos de treino, de ideia de jogo, e isso é feito sempre com a ajuda de muitas mãos. Vamos integrar todas as muito boas ideias que existem e colocar a serviço de um projeto, um processo de formação de jogadores”.
Mudança para a Cidade Tricolor
“Estamos a poucos dias de uma transição de CT, e aí será um centro de nível nacional e internacional. Isso vai trazer para o Bahia, dentro do projeto que o clube está traçando, mais um salto. Junto com a qualidade dos profissionais que temos, de pessoas engajadas, esse equipamento de qualidade que virá é a consolidação do projeto ambicioso que vem sendo praticado”.
Trocas nas comissões técnicas da base
Em 2018, no início da gestão de Guilherme Bellintani, houve uma reformulação nas divisões de base, que passou pela troca de técnico nas categorias sub-15, sub-17 e sub-20. Destes, apenas Pablo Fernandez, treinador da categoria de juniores, permaneceu para este ano.
Com novas trocas de treinadores e contratações, o atual panorama da base tricolor é o seguinte:
Gerente técnico da base: Marcelo Vilhena (ex-Atlético Mineiro)
Coordenador técnico da base: Roberto Braga (ex-Ferroviária)
Coordenador metodológico: Daniel Brugni
Coordenador administrativo da base: Ednaldo Alves
Técnico do sub-14: Jaílson Melo
Técnico do sub-15: Eduardo Guadagnucci (ex-Ferroviária)
Técnico do sub-17: Fernando Oliveira (promovido do time sub-15)
Técnico do sub-20: Pablo Fernandez (ex-Red Bull Brasil)
Cada categoria possui sua comissão técnica própria, com preparador físico, treinador de goleiros, supervisor, massagista e analista de desempenho.
Pilares do trabalho de formação
Roberto Braga também explica que o trabalho de formação de atletas no Bahia é baseado em alguns pilares principais, dentre eles o desejo de representar o Bahia e sua torcida; a coragem dentro de campo e o desejo de jogar bola.
“Uma é, talvez a principal, a irreverência. Isso é uma marca do povo baiano, das pessoas daqui, e não podemos perder. É algo que nos diferencia como futebol brasileiro, e, mais ainda, localmente. Isso com responsabilidade, profissionalismo, mas sendo agressivo, ousado, de querer fazer algo diferente. Outro é o orgulho de jogar no Bahia, representar um clube desse tamanho, dessa magnitude. Não só a instituição, mas uma torcida muito apaixonada. Tem também a vibração, que é do nosso hino, que nos diferencia. Essa competitividade. E tem a coragem. Queremos jogadores corajosos, que queiram jogar, ter a bola. Vamos focar no atleta que gosta do jogo, de ter a bola. São quatro pontos macro que vão direcionar toda a cadeia de formação de jogadores”.
Formação de atletas e de cidadãos
“O Bahia tem uma atenção ao desenvolvimento humano que é raro em um clube. Hoje, para você ter ideia, temos dois psicólogos. Uma psicóloga social, que cuida mais dessa parte de relação com as famílias, processo de adaptação do menino que vem de fora morar aqui, e um psicólogo de campo, ajudando a lidar com os desafios de desempenho. Temos uma pedagoga fantástica, que acompanha os garotos na escola, oferece passeios, projetos, tudo de maneira integrada com o nosso psicólogo social. Temos nutricionista, programas de jovem aprendiz, onde os meninos saem do treino e têm tarefas para conhecer melhor o clube, entender onde ele está. Também há passeios culturais mensalmente. O Bahia se dedica muito e tem feito um bom trabalho. Como costumo dizer, o jogador passa duas horas no campo e 22 fora dele”.
Atualmente, o Bahia tem conquistado seus melhores resultados na categoria sub-15, sendo o atual campeão baiano da categoria e tricampeão da Copa Metropolitana. As atuações e os resultados têm levado constantemente o zagueiro Kauã à Seleção Brasileira.
A equipe sub-20 é a atual bicampeã estadual e finalista da Copa do Nordeste nos dois últimos anos. A maior parte dos jogadores contratados para a base são com idade sub-20.
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