Contratado em outubro de 2019, Roberto Braga assumiu o cargo de coordenador técnico das divisões de base do Bahia. E logo em seus primeiros meses no clube, tem precisado lidar com uma situação caótica causada pelo coronavírus.
Com atividades paralisadas devido à necessidade de isolamento social, o trabalho de coordenação de base se torna ainda mais importante para que os jovens atletas não deixem de lado o foco no esporte durante o período de paralisação.
Em entrevista à TV Bahêa, Roberto Braga falou sobre medidas que estão sendo adotadas com os garotos do clube para manter o nível de treinamentos, com foco no esporte e também na formação social dos atletas com base na pedagogia.
“O que a gente tem tentado fazer dia após dia, com todos os nossos jogadores das divisões de base, é uma rotina de treinamentos físicos e com bola. Às vezes até desafios de habilidades, que eles podem fazer campeonatos de embaixadinha na sala ou no quintal de casa para que eles mantenham algum contato com bola e algum nível de treinamento”, explicou o profissional.
“Além disso, a gente tem feito com eles, semanalmente, o envio de material de escola por parte da pedagogia para que eles não percam a sequência do ano. A gente tem conseguido promover lives internas com treinadores das nossas categorias, com grandes ídolos do Bahia. A gente tem tentado manter um nível de atividade alta com os nossos atletas para que eles possam aproveitar e ter o menor prejuízo possível durante essa parada”, disse Roberto Braga.
Trabalho pedagógico com atletas da base
“Essa é uma área que hoje o Bahia é referência em atuação. A gente tem um grupo de pessoas muito qualificada. Conseguimos no dia a dia manter contato com a parte pedagógica. Então a Milena (pedagoga) tem trabalhado livros com eles, até textos de relatos de jogadores. Então, a gente consegue ligar o aprendizado ao futebol, que é a grande paixão deles. Além disso, a gente tem feito grupos com eles para entender como está a vida e a família de cada um”.
Calendário de competições de base
“Temos um movimento de clubes formadores do Brasil. Conversamos diariamente com gestores de categorias de base do Brasil inteiro, de todas as divisões, e conversamos um pouco sobre esse cenário. Ainda não há clareza, a gente ainda tem noção clara do momento que o país está vivendo, do cuidado que precisa ter e da responsabilidade que a gente tem com esses meninos. A principal diretriz e recomendação que a gente tem conversado é para manter o norte de haver competições. A gente não sabe quando isso vai acontecer, não sabe se vai acontecer no curto, médio ou longo prazo. E a gente só vai fazer se todos tiverem segurança de que nossos profissionais, funcionários e atletas estão completamente seguros. Mas é importante que a gente alimente a esperança de competições. São muitos jovens envolvidos. Não podemos nos precipitar e achar que não vai ter, porque isso geraria uma desmobilização geral em clubes menores, nos próprios meninos e familiares. Estamos tentando evitar para tomar da forma mais segura possível e com o foco de seguir na formação desses meninos”.
Em 2020, o Bahia passa por novas mudanças nas categorias de base. Devido aos insucessos recentes na categoria sub-20, a diretoria demitiu o ex-gestor Marcelo Vilhena e o técnico Pablo Fernandez. O treinador da equipe sub-20 é Carlos Amadeu, contratado depois da Copa São Paulo.
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