Fonte: Felipe Oliveira/Divulgação/ECBahia
Em um semestre, o Bahia conseguiu diminuir quase 50% do décifit previsto no caixa para a temporada de 2018. A princípio, o clube tinha como previsão fechar o ano com o valor vermelho de R$ 19 milhões. Porém, metade deste “rombo” já foi preenchido.
Com vendas de jogadores, aumento do número de torcedores associados e premiações recebidas no primeiro semestre, o Bahia já conseguiu diminuir seu déficit anual para cerca de R$ 8 a R$ 9 milhões, de acordo com o presidente Guilherme Bellintani.
No começo da temporada, o Esquadrão lucrou R$ 16 milhões com as vendas de Jean, Juninho Capixaba e Rômulo. No meio da tempoarda, o clube também arrecadou R$ 1,2 milhão com a venda definitiva de Gustavo Blanco ao Atlético Mineiro.
Com premiações, o Bahia já recebeu R$ 2 milhões por participação e por atingir a final da Copa do Nordeste. Além do Nordestão, o clube também lucrou R$ 2,4 milhões por entrar nas oitavas de finais Na Sul-americana, o valor já recebido pelo Bahia é de R$ 1,7 milhão.
“O clube começou o ano com R$ 19 milhões de déficit. Isso significa que a gente tinha, aproximadamente, R$ 102 milhões de receita e R$ 121 milhões de despesa projetados. Então eram R$ 19 milhões de déficit. O que significa isso? Quando você começa o ano, você fala assim: “Eu tenho R$ 19 milhões que que não sei de onde vem o dinheiro”, realmente a situação é muito difícil. Sempre foi. A história do Bahia, recente, é essa. Aí você fala: “As premiações”. Quais premiações? Copa do Nordeste, a premiação é muito baixa. A principal premiação da Copa do Nordeste é se você for campeão. Coisa que a gente não foi, ainda, pelo menos. Desejamos ser, mas não fomos. Então essas passagens de fase da Copa do Nordeste são muito baixas. Copa do Brasil, a gente não passou ainda de fase. A gente tem o Vasco, no jogo de volta. Sul-Americana, o valor dessa fase ainda é muito restrito. Então não vem nada”, explicou o presidente Guilherme Bellintani.
Apesar de ter vendido jogadores, o Bahia também adquiriu atletas. Sem divulgar valores, o clube contratou Gregore e Marco Antônio de maneira definitiva.
“Venda de jogador? Sim. Foi uma das coisas que colaborou para que o déficit, que era de R$ 19 milhões no começo do ano, hoje esteja em torno de R$ 8 a R$ 9 milhões. Além de venda de jogador, a gente fechar o cofre mesmo, reduzindo despesa administrativa, fazendo todo esforço dentro do clube para reestruturar o clube, aumentando o plano de sócios. Quase R$ 2 milhões além do que estava previsto com o plano de sócios. Mas, por outro lado, vêm outras despesas. Por exemplo, a compra de Gregore, a compra de Marco Antônio. Nada disso estava no orçamento original. Então isso é sempre muito dinâmico”, explicou.
Para Bellintani, a postura cautelosa do Bahia no mercado deve ser mantida até o fim do ano, com o objetivo de conseguir cumprir todas as obrigações financeiras do clube. Porém, isto não impende de seguir mapeando o mercado em busca de oportunidades.
“O que a gente quer, naturalmente, é chegar ao final do ano de pé, cumprindo as obrigações financeiras. Por isso que eu digo, se a gente sai de forma atabalhoada, oferecendo qualquer recurso por qualquer jogador que esteja no mercado, a gente paga o preço lá na frente. Isso já é história repetida no futebol brasileiro. Pode olhar. Todos os clubes que estão com salários atrasados, com débitos na Fifa de mais de R$ 50 milhões… Há clubes brasileiros que têm débitos na Fifa, vinculados à Fifa, por conta de não pagamento de aquisição de atletas, de mais de R$ 50 milhões, e esses mesmos clubes continuam pagando salários de R$ 400, R$ 500 mil, reforçando seus times. Então a gente fala assim: “Isso que a gente quer para o Bahia?”. O Bahia já experimentou essa fórmula em algum momento, e não deu certo. Por outro lado, a gente sabe também que a gente não pode ficar de forma muito passiva, entendendo que tudo na vida é o equilíbrio econômico e financeiro. O equilíbrio econômico e financeiro foi uma conquista do Bahia, mas cabe a nós criatividade, como a gente está fazendo, e esforço para conseguir fazer a contratação, como a gente fez de Gilberto. Uma contratação nova, que sequer estreou ainda. Mas a gente já está fazendo todo investimento dele”
Caso seja campeão da Copa do Nordeste, o Bahia vai lucrar mais R$ 1,5 milhão. Na Copa do Brasil, o valor que o clube receberá avançando às quartas de finais é de R$ 3 milhões. Já na Sul-americana, os cofres receberão mais R$ 1,2 milhão em caso de classificação diante do Cerro-URU.
A venda de João Pedro, do Palmeiras ao Porto, pode render até R$ 1,1 milhão ao Bahia. Já em termos de sócios, o valor é aumentado a cada associação.
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