é goleada tricolor na internet
veículo informativo independente sobre o esporte clube bahia

Bellintani explica utilização da base e avalia time de transição

Notícia
Entrevista
Publicada em 26 de novembro de 2019 às 15:24 por Victor de Freitas

2019-11-26-15-08_capabellintani28
Fonte: Felipe Oliveira / EC Bahia

A temporada de 2019 foi marcada por uma baixa utilização de jogadores provenientes das categorias de base do Bahia. Com os resultados inexpressivos nas categorias sub-17 e sub-20, o Tricolor tem optado por dar rodagem a estes jogadores na equipe de transição.

Na entrevista concedida ao Programa do Esquadrão, Guilherme Bellintani explicou o fato de a comissão técnica principal não ter aproveitado os jovens jogadores do clube em 2019. Segundo o presidente, as divisões de base do Bahia estão em processo de reestruturação.

“Muita gente critica que a gente usa poucos jogadores da base. A base do Bahia não tem um trabalho diferente há anos. Há muitos anos, ninguém faz um trabalho de base diferente. Não adianta forçar se a gente não tem atletas que tenha capacidade de aguentar nesse momento. O que temos que fazer? Reestruturar a base. O time sub-20, apesar de conseguir hegemonia estadual, somos bicampeões baianos, não tem conseguido nacional, regional, porque é difícil reestruturar a base de cima para baixo”, disse o presidente.

A temporada feita pela categoria sub-20 tricolor foi desastrosa fora do estado. O Tricolor foi eliminado na primeira fase da Copa São Paulo de futebol júnior, Copa do Brasil, Campeonato Brasileiro e Nordestão.

O único título conquistado pela equipe sub-20 foi o do Campeonato Baiano.

Sub-15 reflete em nova metodologia de trabalho na base

Já a categoria sub-15 tricolor é a que mais consegue resultados expressivos. É o atual bicampeão baiano e tricampeão da Copa Metropolitana. Além disso, tem o zagueiro Kauã Davi com diversas convocações para a Seleção.

Segundo Bellintani, o sucesso apresentado na categoria infantil já é reflexo da mudança de metodologia iniciada nos últimos anos. Porém, ele cita que se trata de um trabalho a longo prazo.

“A geração 2004 é muito diferenciada. Já mostra uma diferença de trabalho metodológico, de apuração maior na captação. A base é um trabalho longo. A torcida pode cobrar o que vem a partir do ano passado. É um trabalho de médio e longo prazo”.

Time de transição

Criado em 2018, o time de transição do Bahia chegou até a semifinal do Campeonato Brasileiro de Aspirantes, neste ano, mas sofreu uma vexatória eliminação na primeira fase da Copa Baiana sub-23.

Em sua análise sobre o segundo ano da equipe de transição tricolor, Bellintani disse que o grupo de 2019 ainda não foi formado da maneira como a diretoria deseja. Além de usar jogadores da base, o presidente fala em buscar reforços para fortalecer o elenco e disputar competições profissionais.

“O Bahia é o único da Série A que joga cinco campeonatos. Fortaleza e Ceará talvez com a Sul-Americana. A gente foi, durante dois anos, o top 5 de clubes que mais jogou. Os outros clubes têm dinheiro para ter dois times. A gente fez o time de transição esse ano sem o preparo necessário. Esse ano, vamos ter um time melhor, mas ainda não vai ser do jeito que a gente quer. A gente tem que ter um time B mais fortalecido para liberar calendário do time, de identificar jovens talentos e ter ganho esportivo. Essa é a função do time de transição. A gente monta com jogadores da base, mas não é o time inteiro, porque ainda não temos um sub-20 e sub-17 que consiga um número substancial de jogadores. Se a gente não contrata para o time B, a gente tem um time fraco. A gente contrata, faz um time mesclado, monta o time B para algumas partidas do Baiano e do Nordeste, e com isso dá folga no calendário, e identifica jovens que possam jogar na Série A. Flávio e Gregore foram contratados para o time B e nem precisaram atuar”.

Para fortalecer o time de transição, o Bahia tem buscado reforços em equipes que disputaram as Séries B e C. O volante Ramón, ex-Vila Nova, está próximo de acerto. Já o zagueiro Fábio Alemão, ex-Paysandu, tem acordo para defender o Tricolor em 2020.

O clube também mapeia jogadores que se destacam regionalmente, como o atacante Levi, artilheiro da Copa Baiana pelo Fluminense de Feira.

O objetivo é disputar o Campeonato Baiano de 2020 inteiramente com a equipe de transição, dirigida pelo técnico Dado Cavalcanti.

comentários

Aviso: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do ecbahia.com.
É vetada a inserção de comentários que violem a lei, a moral, os bons costumes ou direitos de terceiros.
O ecbahia.com poderá retirar, sem prévia notificação, comentários postados que não respeitem os critérios
impostos neste aviso ou que estejam fora do tema proposto.

enquete

Quem deve ser o titular do ataque do Bahia, ao lado de Thaciano?
todas as enquetes
casas de apostas brasileiras