Bellintani fala sobre SAF e cita cautela: ‘é decisão de décadas’

Fonte: Divulgação / EC Bahia

O tema SAF continua aquecido no Bahia, sendo um dos assuntos que mais geram expectativas entre os torcedores. No evento da assinatura do contrato com a Acelen, o presidente tricolor Guilherme Bellintani foi novamente questionado sobre o assunto por jornalistas, e reforçou pontos que já havia destacado anteriormente.

Primeiramente, o dirigente do Esquadrão afirmou que o clube atualmente não está parado tentando definir o assunto SAF, mas que continua trabalhando normalmente em prol do objetivo da temporada.

“A primeira coisa a dizer é que o Bahia segue funcionando e realizando seus projetos independente do tema SAF. O Bahia não parou, o Bahia tem um desafio de curtíssimo prazo, que é voltar para a Série A e trabalhamos para isso”.

“Desde que a lei da SAF foi aprovada, a gente também vem trabalhando para trazer uma alternativa ao torcedor. O torcedor que vai avaliar isso. Não é Guilherme Bellintani, Vitor Ferraz ou Conselho Deliberativo, é o torcedor, o sócio-torcedor que vai decidir o que é melhor para o clube”.

Está demorando?

Bellintani afirma que não há demora, mas sim cautela por se tratar de um assunto que vai impactar no futuro do clube a longo prazo.

“Tenho ouvido muito a expressão ‘demora’. Mas é porque a gente está fazendo tudo com a cautela que o tema necessita. É uma decisão para o nosso ciclo de vida do clube, uma decisão de décadas, uma decisão definitiva. Ela precisa ser tomada, negociada, tomada, de um passo de cada vez, sem ansiedade. O Bahia não tem motivo para tomar decisões com ansiedade ou com pressa”.

Busca por um projeto consistente a longo prazo

O presidente também reafirmou sua posição de que não está buscando somente um investimento em dinheiro.

“O que estamos fazendo é trabalhar para não receber só uma proposta pelo ponto de vista financeiro, alguém que vai investir. O que estamos trabalhando é discutir parceiros para um projeto para o próximo ciclo. A gente sabe que o clube passou por um momento delicado em sua história, e que depois com a intervenção e a democracia, o Bahia atingiu um novo patamar de responsabilidade, de organização. E a gente agora busca projetar um novo ciclo, que se vier também será fruto desse processo de reorganização. Portanto, precisa ser debatido, cuidado. Sem que se alongue além do necessário, é bom se dizer. A gente não quer alongar demais, para não gastar mais que o necessário, mas será o tempo necessário”.

Grupo City?

Questionado sobre se há algum motivo para gerar expectativa na torcida neste momento, o presidente não citou nomes, mas garantiu que conversas sobre o tema já vêm ocorrendo desde o ano passado, mas que atualmente só há um interessado real.

“Desde o começo venho falando que estamos falando com vários clubes. Desde agosto de 2021, fomos bastante procurados e também procuramos. Até o mês de fevereiro, consolidamos a conversa com dois interessados consistentes. Agora, posso dizer que a conversa está concentrada em um parceiro específico. Não vou dizer quem é, temos cláusula de confidencialidade, temos responsabilidade. Qualquer decisão como essa, quando for anunciada precisa ser com consistência e cuidado. Mas posso dizer que hoje as conversas se concentram em torno de um único nome”.

Por fim, ele reafirmou que as conversas são para o futuro do clube além de 2022.

“Não estamos vendendo o clube e recebendo dinheiro por isso. Estamos construindo um projeto para uma nova etapa do clube, que vai suceder a etapa que veio de 2013 a 2022, que foi de organização. Estamos projetando o clube para além de 2022 e trazendo para o torcedor avaliar”.

Existe uma expectativa de que a proposta oficial do Grupo City seja encaminhada ao Bahia nos próximos dias. Em publicações feitas pela imprensa nacional e também internacional, os valores especulados são de R$ 650 milhões, com R$ 50 milhões a serem investidos em 2022.