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Dado concorda com vaias após empate: ‘não tivemos agressividade’

Notícia
Entrevista
Publicada em 7 de março de 2020 às 22:17 por Victor de Freitas

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Fonte: Divulgação / EC Bahia

O time de transição do Bahia empatou sem gols com o Doce Mel, vice-lanterna do Campeonato Baiano, em jogo disputado na noite deste sábado (07), na Arena Fonte Nova.

Na primeira partida da equipe B na Arena, o resultado de 0 a 0 e a atuação abaixo da média foram lamentados pelo técnico Dado Cavalcanti, que demonstrou insatisfação em sua análise sobre a partida.

“Não tivemos ímpeto e agressividade que nos acostumamos a ter nos jogos. Essa era uma das minhas preocupações em relação à sequência de bons jogos que viemos fazendo. Um dos trabalhos que tenho tido é tirar os atletas da zona de conforto, buscando desafios, fazendo com que a gente não fique pelo caminho, por já termos feito bons jogos, termos tido atuações boas e convincentes. Hoje lamento pelo jogo que fizemos. Diante de tudo que aconteceu, também acho que não merecíamos o empate, pela volúpia ofensiva, posse de bola, por termos criado, termos chegado, mas lógico que é pouco para o Bahia”, avaliou o treinador do time de transição.

O técnico também afirmou que concorda com as vaias que partiram das arquibancadas após a confirmação do empate sem gols.

“Estou totalmente aberto e, sinceramente, concordando com as vaias. O que gerou essa insatisfação foi uma bola de neve do início do jogo. Encontramos um adversário muito atrás, e nossa circulação foi muito lenta, nossa troca de passes. Se tenho jogadores rápidos na frente, temos que trocar passes mais rápidos. Nosso passe estava muito lento, privilegiando o balanço defensivo do adversário. Quase nunca encontramos o um contra um. O jogo fica lento. O tempo passa, falta de ações ofensivas, finalizações, gera ansiedade. A bola bate e volta. O adversário ganha um pouco de força. É uma bola de neve, o torcedor fica impaciente. Gera ansiedade para um grupo jovem, que não sabe administrar o jogo. Fechou com o empate. Prefiro empatar desse jeito para ter argumentos para exigir muito mais do que a equipe apresentou hoje. Talvez o triunfo, mesmo merecidamente, ia esconder condições específicas de forma individual e coletiva, que eu prefiro que seja escancarado para a gente trabalhar nas duas semanas e resgatar a identidade da equipe, que é muito mais agressiva, dinâmica, faz balanços à frente”, acrescentou.

Para Dado, a Fonte Nova com quase 30 mil pessoas não pode atrapalhar nenhum jogador que veste a camisa do Bahia.

“Fato que muitos dos atletas hoje não estão acostumados com esse público. Mas também não atrapalhou. Não pode ter atrapalhado. Quem veste a camisa do Bahia tem que se acostumar. Foi bom ter acontecido hoje, eles enxergarem um pouco da cobrança, que faz parte. Creio que a ausência do Ramon fez falta, como já tinha feito falta no jogo passado. Mas não cito apenas a ausência física do Ramon, mas a ausência de um meia que pudesse revezar a responsabilidade com Arthur de fazer a bola chegar à frente. Jogo passado entrei com dois volantes. Nesse, joguei com um volante. Pensava que seria dessa forma. Imaginei que o Doce Mel bem atrás e que precisaríamos de mais jogadores à frente da linha da bola. Mas tínhamos atacantes e não tínhamos quem levasse a bola à frente. Talvez isso tenha influenciado na lentidão do passe, falta de criação e, consequentemente, no resultado”.

Escalação com quatro atacantes

“Eu tinha quatro atacantes no jogo de hoje. Um volante e um meia. Numa condição dessa, preciso modificar e mexer com essas peças de uma forma tal que a gente consiga um dinamismo maior, consiga não perder, na fase de construção, apoios por dentro. Limitar Regis a ficar no meio e Alesson por fora limitaria o jogo do Régis. Limitar Alesson por dentro, limitava ele. Fiz com os dois as mesmas programações. Essa foi minha forma de tentar mexer com as peças para suprir ausência de um camisa 10, articulador, que chegasse mais com a bola dominada na frente. Não tenho dúvida que uma mudança da troca de sistema influencia, sim, num rendimento abaixo ou acima. Mas, mesmo assim, creio que a gente poderia ter um pouco mais de agressividade à frente, poder de definição, que acabamos não tendo”.

O time de transição volta a campo no dia 22 de março, contra o Atlético de Alagoinhas, fora de casa.

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