Fonte: Felipe Oliveira / EC Bahia
Uma das contratações mais badaladas feitas pelo Bahia no início da temporada, o volante Nilton não conseguiu espaço com o técnico Guto Ferreira e ficou de fora da grande maioria dos jogos do primeiro semestre. Com a chegada de Enderson, as chances para o jogador foram aparecendo e ele conseguiu se firmar.
Vivendo sua melhor fase no Bahia desde o mês de setembro, e ostentando sua maior sequência de jogos, Nilton valoriza o entrosamento que possui ao lado de Gregore, com quem geralmente forma dupla no meio-campo tricolor.
“Eu digo para o Gregore que a nossa função, a gente tem primeiro é que marcar. Não importa se é primeiro ou segundo volante. A gente tem que marcar, tem que pegar, dar tranquilidade para o setor defensivo, da zaga. O setor defensivo começa da gente. Eu digo que a gente é o coração da equipe, porque a gente vai ter que dar o nosso máximo sempre, até a última gota. É o que está acontecendo. Nisso, eu digo: “Gregore, você tem uma vitalidade muito grande, você é muito forte, consegue fazer esse bate e volta com muita facilidade. Vamos fazer o seguinte? Você vai, em alguns momentos, e eu seguro aqui na parte defensiva. E, depois, quando você sentir que abafou, eu vou fazer o mesmo movimento”, explicou o volante, em entrevista ao Globoesporte.com.
“É bacana você ter esse diálogo, deixar o cara à vontade. E ele também falou assim: “Nilton, fiquei muito à vontade neste sentido de a gente estar tendo esse diálogo para poder não ter uma sobrecarga, me deixar só marcando, marcando”. Chega um momento em que ele tem também esse potencial de poder sair. Para poder armar uma jogada, uma profundidade. A gente tem que ter esse diálogo. O que for para agregar ao Bahia a gente tem que fazer da melhor maneira possível. Eu sendo primeiro ou o segundo, ele sendo o primeiro ou sendo o segundo, não importa. A gente fazendo bem o papel de marcação, as coisas vão fluir e acontecer da melhor maneira possível”, acrescentou.
Em seus primeiros seis meses de Bahia, Nilton atuou em apenas cinco jogos sob o comando de Guto. Desde a chegada de Enderson Moreira, este número triplicou. Ele já alcança a marca de 15 partidas na temporada, com destaque para atuações como titular e capitão da equipe em jogos contra Botafogo e Grêmio – onde ele deu uma assistência.
Para ganhar a confiança do treinador tricolor, o volante de 31 anos destaca sua força no jogo aéreo como um diferencial dentro do elenco.
“Eu tinha que ajudar em algum quesito. O quesito bola parada sempre foi um forte, o cabeceio, a imposição, isso sempre me ajudou. E eu tenho essa facilidade de pegar ela sempre no ponto mais alto, que é onde você consegue ganhar a maioria dos duelos. (…) E hoje as equipes também acabam ficando meio precavidas, fazendo uma marcação mais forte. Até contra o próprio Botafogo agora, acabaram fazendo marcação um pouco meio individual. Um pegava a bola, o outro ficava me segurando. Mas, mesmo assim, eu conseguia ganhar a maioria das vezes as jogadas. Eu espero que possa estar saindo gol, porque eu estou procurando, batalhando para poder tirar um pouco esse peso das minhas costas”, afirmou.
Em 15 jogos pelo Bahia, Nilton tem sete triunfos, quatro empates e quatro derrotas. O próximo jogo será contra o Atlético-PR, nesta quarta (24).
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