Fonte: Felipe Oliveira / EC Bahia
Nascido na cidade do Rio Tinto, Nino Paraíba teve um início de vida complicado. Persistente como todo bom nordestino, o lateral-direito conseguiu alcançar seus sonhos no futebol. Aos 33 anos, tem contrato garantido para disputar sua terceira temporada com a camisa do Esquadrão de Aço.
Com 95 jogos e quatro gols marcados pelo Bahia, em seus dois primeiros anos de clube, Nino Paraíba destaca a importância da manutenção da base do elenco que disputou a temporada de 2019 e projeta sucesso para o Bahia ao longo de 2020.
“O nosso grupo que ficou todo mundo já se conhece e isso conta muito. Tenho mais um ano de contrato. Espero que o ano que vem seja abençoado. Melhor do que esse ano em nome de Jesus. Seja uma temporada melhor do que foi essa”, falou o jogador, ao Globoesporte.com.
Jogador marcado por passagens longas em clubes como Vitória, Ponte Preta e, agora, no Bahia, Nino Paraíba sofreu para conseguir despontar para o futebol. Inicialmente, foi dispensado da base do América-RN e também não conseguiu disputar uma Copa SP pelo Botafogo-PB.
Seu início de carreira aconteceu na Desportiva Guarabira, da Paraíba. Em seguida, defendeu Náutico, Sousa e Campinense, quando chegou ao futebol baiano em 2009.
Antes de alcançar o sucesso no mundo esportivo, Nino passou por maus momentos em uma rotina de muito trabalho e quase nenhum dinheiro no final do mês, trabalhando como vaqueiro.
“Eu saía de 5h da manhã para levar o gado no pasto e voltava. Chegava em casa, tomava café, e saia para buscar o capim. Voltava por volta de meio-dia. Quando dava umas 15h colocava o capim na cocheira e depois ia buscar o gado de novo. Depois já fim da tarde seguia para o campo bater uma bolinha. Fazia tudo isso e ganhava 60 reais por mês. Mas graças a Deus tive a oportunidade de jogar e chegar onde estou hoje. Deus mudou a minha história. Saí de uma cidade do interior, pequena e humilde”, relembrou o jogador.
Em 2019, foram 51 partidas e um gol marcado por Nino Paraíba.
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