Mano Menezes foi oficialmente apresentado como treinador do Bahia no final da tarde desta sexta-feira (11), na Cidade Tricolor, após comandar seu primeiro treinamento com os seus novos comandados.
Em uma entrevista coletiva marcada por perguntas de jornalistas e também de torcedores, Mano Menezes falou sobre uma série de assuntos. Entre eles, os motivos que lhe fizeram aceitar trabalhar no Bahia, como vinha avaliando o clube de fora e o que vislumbra para o restante da temporada de 2020.
Em suas primeiras palavras como técnico do Esquadrão, Mano explicou como foi o processo de negociação para chegar ao Bahia e destacou que as ideias da diretoria se assemelharam com as suas.
O treinador afirma que o Bahia sabe onde quer chegar e oferece as condições para que os objetivos sejam alcançados.
“Primeiro, tivemos uma reunião na sexta-feira passada o presidente, Diego e eu. Antes de qualquer coisa eu perguntei o que o Bahia pensava sobre o que tinha, suas ambições e seus objetivos para ver se era possível, dentro de uma análise que eu tinha por fora, nós lutarmos para atingir esses objetivos. E vi logo que tanto o Diego, quanto o presidente, tinham uma consciência muito boa, muito parecida do que eu via de fora. Então, quando existe essa identidade de objetivos, de análise muito próximas, já existe uma empatia natural para as coisas fluírem bem. O Bahia me transmite a ideia de que sabe onde quer chegar e está entre os poucos clubes do Brasil que oferecem as condições para que se possam trabalhar para chegar lá. Acho que isso é fundamental para que as coisas fluam bem”, falou o técnico.
Mano Menezes também ressaltou que o trabalho de gestão feito pelo Bahia é o que ele julga como o caminho correto para o futebol brasileiro.
“O Bahia está entre os clubes que trabalham na direção que eu gostaria que chegássemos a um ponto comum e todos os clubes entendessem que essa é a direção certa para o futebol brasileiro. O senso esportivo de quem faz isso vai poder corroborar para que outros clubes entendam que esse deve ser o caminho. Fiquei muito contente com o convite e entendi que valia muito a pena a gente se unir em uma ideia comum para fazer um bom trabalho e trazer, nessa temporada tão difícil, uma alegria para o torcedor do Bahia”.
Busca por título da Sul-americana?
“O Bahia na edição de 2018 fez uma campanha muito boa, quando foi eliminado pelo Athletico Paranaense. Já vai dentro do clube desenvolvendo uma tradição dentro da competição. Vai se conhecendo caminhos, o clube vai sendo respeitado por adversários de fora. Isso ajuda. Além disso, é um torneio. E um torneio, diferentemente dos pontos corridos, retrata o momento. É o retrato daquele jogo, daqueles 90 minutos, e te coloca estando bem naquele momento, capaz de ganhar um grande torneio sul-americano. É difícil, têm grandes clubes também na disputa. Mas penso que estamos entre eles. E quando se está entre eles, é capaz, sim, de brigar, quando chegar a hora, por uma conquista”.
CT do Bahia é um diferencial
Entre aquilo que eu penso que o Bahia pode oferecer de diferencial, está o CT. Hoje, em um calendário muito particular em 2020, que jogamos jogos em cima de jogos, ter uma estrutura capaz de oferecer a melhor condição de trabalho para os atletas, seja de alimentação, recuperação e deslocamento, porque fazemos grandes viagens em pouco tempo de espaço entre um jogo e jogo, é um diferencial. E vimos que as condições são as melhores possíveis.
Acostumado com trabalhos longos
“Eu não posso reclamar do tratamento que tenho recebido ao longo da minha carreira. Tenho quatro trabalhos de três anos de longevidade, o que é raríssimo. Penso que essas coisas se constroem, não se decretam. Todo mundo quer ficar bastante tempo e eu penso que o clube também quer que o treinador fique bastante tempo. Porque se ficar bastante tempo, é sinal que as coisas estão dando bem e todo mundo fica feliz. Às vezes não é possível, para um lado ou para outro. Sempre é doído fazer essas rupturas, mas eu trabalho todos os dias pensando em fazer um trabalho longo e que os resultados dentro de campo venham”.
Salário não foi problema na negociação
“Meu salário é bom, não me sinto desvalorizado em nada. Muito pelo contrário. Se escolhi estar aqui, é porque achei que aqui era o melhor lugar para eu estar neste momento. Me sinto muito motivado para estar aqui e iniciar esse trabalho. Espero que o torcedor seja feliz enquanto estivermos aqui”.
Busca recuperar futebol de Jadson
“Falamos hoje na nossa reunião de avaliação e entre os vários assuntos discutimos o (volante) Jadson, por já ter conhecimento e por ter pedido a contratação dele no Cruzeiro (em 2019). É um jogador versátil, capaz de fazer duas ou três funções. O futebol de hoje está muito dinâmico, às vezes não é necessário fazer uma alteração de nome. Basta fazer uma alteração de posicionamento. Mas o futebol há coisas que não se explica. Às vezes você vê um jogador que te encanta em outra equipe, contra você, e não funciona tão bem com você. Mas vamos tentar achar as razões, os momentos anímicos do jogador. Talvez o fato de o jogador ter trabalhado contigo em outro lugar, dá esse estalo para que o jogador se sinta motivado para voltar a render bem”.
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