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Renê Júnior relata ato de racismo de jogador rival

Notícia
Entrevista
Publicada em 22 de outubro de 2017 às 20:04 por Victor de Freitas

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Fonte: Felipe Oliveira/Divulgação/ECBahia

O Bahia derrotou o Vitória com gol no final do segundo tempo. Mas, além do fundamental triunfo conquistado, o clássico foi machado por um suposto ato de racismo de um jogador rival contra o volante tricolor Renê Júnior.

Nos acréscimos do segundo tempo, poucos minutos após o Tricolor marcar o gol do triunfo, uma confusão se formou no meio do campo. E foi justamente neste momento que o atacante Tréllez, do Vitória, teria xingado Renê de “macaco”. O relato foi feito pelo jogador e por outros atletas tricolores.

Após a partida, o diretor de futebol Diego Cerri repudiou a suposta injúria racial praticada pelo atacante adversário.

“Foi o relato do Renê. Ele disse que foi chamado de macaco por Tréllez e estamos conversando internamente como fazer. É uma situação que não cabe mais nos dias de hoje na vida, não é nem só no futebol. É bom que se pare para pensar neste tipo de situação que a gente também não fique mudo e nem calado, porque isso só faz com que novas situações dessa aconteça. Isso é um absurdo”, disse Cerri.

Diretor jurídico do Bahia, Vitor Ferraz afirmou que a orientação seria para que Renê preste uma queixa sobre o ocorrido dentro do gramado.

“A informação é que o atleta Renê Júnior e diversos outros que estavam com ele no momento foi que houve uma ofensa de cunho racial, uma injúria racial, contra o atleta. Um ato muito lamentável. A gente lamenta, repudia. Isso não cabe mais no futebol ou em qualquer área da sociedade. Orientamos o atleta sobre as providências que podem ser adotadas, e estamos aguardando ele se acalmar um pouco para verificar se ele vai ter interesse em ir à delegacia prestar queixa. A orientação é que ele preste a queixa, é um delito criminoso. Para que isso seja apurado pela autoridade policial competente. Ele está se acalmando para informar o que decidiu fazer”

RENÊ JÚNIOR FAZ PRONUNCIAMENTO: NÃO IRÁ PRESTAR QUEIXA

Em pronunciamento na sala de imprensa da Fonte Nova, o volante disse que não irá prestar queixa, mas lamentou o ocorrido.

“Sou maior do que isso aí. Tenho muito orgulho da minha raça e de onde eu vim. Não é qualquer palavra proferida à mim que vai me botar para baixo. É difícil ser chamado de macaco dentro do seu país. Se não me engano, no estado da Bahia a maioria da população é negra e no país dele a maioria da população é negra também. Mas cabeça boa, bola para frente. Ele sabe o que ele falou, não tenho mágoa de ninguém, mas infelizmente isso acontece. Alguns anos atrás aconteceu com Aranha (goleiro) e eu tive a oportunidade de falar com ele. Agora eu sei o que ele sentiu, mas não quero me promover em cima disso não porque o que eu tenho pra falar é sobre futebol, de poder continuar a ajudar o Bahia”, disse.

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