Fonte: Felipe Oliveira / EC Bahia
Rodriguinho é a contratação mais recente do Bahia para a temporada de 2020. Chegou ao clube no mês de fevereiro e, até então, realizou somente dois jogos. Tido como um reforço de impacto, o meio-campista desembarcou no Esquadrão com a camisa 10 e a expectativa de se tornar o maestro da equipe.
Experiente e com títulos importantes ao longo de sua carreira, Rodriguinho acertou com o Bahia após sair do Cruzeiro, clube que não havia condições de pagar seus salários depois de cair para a Série B.
Com isso, o meia afirma ter visto o Bahia como uma solução para a sequência de sua carreira. Tanto pelo aspecto técnico, como também por voltar a receber salários em dia.
“Quem entrou em contato primeiro comigo foi o Claudinho (Prates), o auxiliar do Roger, que já trabalha no Bahia há alguns anos. Nós trabalhamos juntos no América Mineiro. O primeiro contato foi feito por ele, nós temos uma amizade muito boa, inclusive. Ele me ligou e perguntou qual era a minha situação, o que estava se passando na minha cabeça e me fez um convite. Falou que iria falar com o presidente para ver a possibilidade de poder vir para cá, sabendo que seria uma negociação difícil, por valores, essas coisas…”.
“(…) Acabou que tudo casou, tudo deu certo, com a possibilidade de poder sair do Cruzeiro no momento que eles estão passando, com problemas financeiros, super conturbado, querendo cortar gastos… O Bahia veio como uma solução para um problema, e com todas as glórias do Bahia, podendo jogar num time competitivo, organizado, um time que paga em dia, tem as suas contas em dia, faturando muito bem e tendo crescimento”, falou o camisa 10, em entrevista ao UOL Esporte.
Enquanto recebe salários em dia no Bahia, o meia diz que ainda não recebeu os valores atrasados do Cruzeiro. Contudo, a dívida deve demorar a ser paga.
“A gente fez um acordo. Um acordo para eles pagarem apenas o que eles me deviam. Se eu não me engano, parcelamos várias vezes para que eles possam ter uma condição de se recuperar e poder cumprir o acordo que foi feito”.
O que esperar do futebol brasileiro pós-pandemia
“Agora, vai ser o calendário (o pior problema). Já era o calendário antes. A gente está vendo, ainda mais com essa pandemia, que o pessoal não aguenta ficar sem futebol. É por isso que a TV coloca jogo para o ano inteiro. A gente não tem descanso. Isso era um problema que nós tínhamos porque ninguém consegue descansar, é jogo atrás de jogo. Acho que deveria ser mais parecido com a Europa, diminuir, enxugar um pouco o calendário para que a gente pudesse jogar de semana em semana, em termos de lesão, para você preservar um pouco mais o atleta e tê-lo em alto nível em todas as partidas que você disputar. Como tem muito jogo quarta, domingo, segunda, quinta, sábado, ninguém mais nem sabe. Então, é bem complicado para a gente conseguir se recuperar de uma partida para a outra, para dar 100%. Muitas vezes, a gente tem que jogar com muitas dores, com algum machucado, porque, realmente, não dá tempo de recuperar.”
Desejo de voltar ao exterior no fim da carreira
“Com a maturidade a gente vai vendo que ainda dá pra ir pra fora sim. Chegando uma proposta boa, aquela velha situação de sempre. A gente sofre mais um pouquinho, sem problema. Dependendo do lugar, também. Tem que ser uma coisa muito bem analisada até por causa da família. Temos que ver todas essas situações para que a parte financeira possa suprir a parte social, de a sua família inteira poder estar bem. É possível, sim, mas não sei se seria o momento agora. Mais pra frente, quem sabe, encerrando a carreira, tudo bem”.
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