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Roger cita frustração por má campanha no segundo turno

Notícia
Entrevista
Publicada em 28 de novembro de 2019 às 00:44 por Victor de Freitas

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Fonte: Felipe Oliveira / EC Bahia

O Bahia alcançou a marca negativa de nove partidas consecutivas sem vencer no Campeonato Brasileiro. Fora da disputa por Libertadores, a campanha tricolor no returno causou decepção e cobranças por parte dos torcedores.

Em entrevista coletiva após a partida, o técnico Roger afirmou que entende a frustração da torcida, devido aos maus resultados, e, com isso, também compreende as cobranças que são feitas nas arquibancadas durante os jogos.

“O torcedor tem 100% de direto de cobrar, sem dúvida. Não vou entrar no mérito da cobrança, até porque talvez, se eu estivesse no lugar do torcedor, com muitos jogos sem vencer e tendo, anteriormente, gerado uma expectativa muito grande, o que estamos vivendo hoje é resultado de expectativa gerada pelo grupo. Protesto é natural, normal do futebol. O que tenho que louvar e poucas vezes vi na minha carreira como jogador e treinador, justamente que a parte maior do estádio que não estava de acordo com manifestações apoiar. Sem dúvida, vou levar para a vida toda. Porque não é corriqueiro isso acontecer. Mas o lugar o torcedor protestar é no estádio, se ele não está gostando do time dentro de campo. Claro que, na crise, tenho que trabalhar cabeça do jogador, para que lide bem com essas situações. Nessa hora, o atleta é provado, se consegue, mesmo com a adversidade, manter naturalidade do seu jogo. Não tenho que estar julgando a manifestação do torcedor. Ele é passional. Eu entendo. Está frustrado. Nós também estamos muito decepcionados com o rendimento que estamos tendo, resultados que não estamos conseguindo. Mas jamais posso lidar com um grupo pela falta de interesse, motivação. Pode faltar jogo, isso sim. Mas outros elementos, não. Tenho certeza que o torcedor protesta não pela falta de empenho, mas de bom futebol, que jogamos até bem pouco tempo atrás”, comentou o treinador.

Decepcionado com a sequência negativa de sua equipe, Roger também admitiu que as modificações feitas no time não surtiram o efeito desejado.

“Estamos decepcionados com parte do nosso segundo turno, que nos permitiu sonhar com a Libertadores. Hoje a frustração do torcedor, o que deixa ele chateado e motivas cobranças. A receita para que que a gente volte a vencer é manter o foco, empenho, trabalhar o que for possível, mudar o que for possível. Não abri mão de fazer mudanças que julguei necessárias para voltar a vencer. Não surtiu efeito, mas temos mais três jogos ainda pela frente, jogos importantes”.

Como voltar a vencer

“Hoje era uma boa oportunidade de voltar a vencer, mas tivemos um bom primeiro tempo. Se a gente analisar descolado dos outros maus resultados, não merecíamos sair com um resultado de derrota ou empate. Jogamos o suficiente para vencer em casa. Qualquer resultado diferente da vitória, no contexto em que estamos, é péssimo. Continuar trabalhando com a cabeça, o emocional, para que os atletas se sintam confortáveis no jogo, porque, em final de temporada, não há muito mais o que fazer. São próximos três jogos, que, se a gente vencer, faremos a melhor campanha do clube no campeonato. Tenho certeza de que torcedor vai sentir feliz com o final de ano que vamos ter. frustração em função da expectativa criada, e isso torcedor está tão decepcionado quanto o grupo”.

Aprendizado com os maus resultados

“Momento que a gente esteve na beirada do G-6 é o momento de bastante otimismo, que, muitas vezes, o torcedor se pergunta como o momento bom pressiona a ponto de o atleta não ter naturalidade no jogo? Também importante avaliar que toda a construção de um time vitorioso passa por esses momentos. No vestiário, falei a eles que, muito embora a gente tenha batido nas barreiras sem conseguir transpor, elas nos dão ensinamento acumulativo para, em outros momentos, a gente ter mais capacidade com vivências de passado recente. Assim se constrói um grupo, se resgata a grandeza de um clube, através destes anos de provações e momentos decisivos. E alguns momentos, isso pode não acontecer. Tenho por mim que o otimismo a expectativa gerada pesou em alguns momentos. Talvez esse grupo ainda não esteja preparado para este momento. Por isso, embora frustrantes, momentos são importantes para a gente reavaliar, a característica dos jogadores que a gente vislumbra para um futuro, para que consiga, numa próxima oportunidade, conseguir passar”.

Elenco pressionado

“Momento de pressão faz o jogador, mesmo com qualidade, errar mais que normalmente. Nos últimos jogos, com tentativa de buscar um time mais leve, temos tido alguns atletas, pelo ano, momento, pressão, não têm rendido o que a gente espera. Já utilizei todos os possíveis atletas na função. Marco deu um retorno à altura, mas machucou. Atleta que eu imaginava que poderia dar essa qualidade ao meio de campo, que, em alguns momentos, principalmente contra times abaixo da gente, com três volantes, fica com menos jogo no meio, quando você tem que propor o jogo. A ideia é procurar um meio mais leve, técnico, para chegar no ataque com mais qualidade. Aconteceu algumas vezes, mas, em outros momentos, não. Continuamos buscando alternativas. Esses momentos são frustrantes, mas são importantes para que a gente consiga fazer avaliação, no final do ano, saber onde melhorar, em que posições precisamos para qualificar o grupo cada vez mais”.

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