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Roger projeta primeiro Ba-Vi do ano com pressão por eliminação

Notícia
Entrevista
Publicada em 7 de fevereiro de 2020 às 18:30 por Victor de Freitas

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Fonte: Felipe Oliveira / EC Bahia

A sexta-feira (07) do Bahia foi marcada pelo único treino antes do clássico contra o Vitória, marcado para este sábado (08). Além de atividades no gramado, houve movimentação na sala de imprensa Armando Oliveira, onde ocorreu uma entrevista coletiva com o técnico Roger Machado.

O Bahia enfrentará o rival rubro-negro justamente em meio ao primeiro momento de instabilidade do ano, que acontece por conta da eliminação sofrida diante do River Plate, na primeira fase da Copa do Brasil. O resultado causou decepção na torcida e elevou as críticas que já eram sofridas por Roger Machado desde o final de 2019.

Antes do Ba-Vi, Roger admitiu entender a pressão elevada por conta de uma eliminação inesperada e falou sobre como administrar o elenco para um jogo importante logo em seguida.

“Pressão aumenta, mas a necessidade de resultados continua a mesma. O treinador que não vence gera instabilidade, a pressão aumenta. Se sentir pressionado é outra questão. O ambiente pressionando o trabalho é uma coisa. Agora o comandante, a liderança, os atletas, podem levar para campo ou não. Gostaria que a gente não levasse essa pressão para campo, assim como procuro não levar. Administro da melhor forma possível o evento, a eliminação, depois de muitas Copas do Brasil que o clube não saia de forma precoce. Saber que é algo que não deveria acontecer, mas pode acontecer, faz parte do contexto desportivo. O que temos que fazer é aprender lições. O ambiente vai pressionar pela eliminação. Assim como quando se faz coisas boas tem elogios, quando não se faz se é cobrado pelos resultados e a pressão do ambiente vai aumentar. Se sentir pressionado é uma opção que desejo não levar para a beira do campo para não transmitir para os atletas, para que eles tenham naturalidade para atuar da melhor forma”, falou o treinador.

Apesar do trauma deixado pela eliminação na Copa do Brasil, Roger fala sobre a importância de olhar para frente e conquistar os objetivos traçados para as demais competições da temporada.

“A eliminação vai ficar marcada, assim como outros eventos. Só que a gente pode construir outra história a partir de agora. Um insucesso, daqui a um tempo, esses insucessos traumáticos são acumulativos. Quando a gente vir esses insucessos lá na frente, vai ser lembrado que a gente foi eliminado precocemente da Copa do Brasil. Mas nada que conquistas futuras para suavizar ou tranquilizar este insucesso, como uma parte importante da construção daquele triunfo, daquela conquista, de uma conquista de Sul-Americana, Copa do Nordeste. Isso tudo tranquiliza, como um passo importante. Mas isso vai depender de como a gente vai reagir no momento seguinte à eliminação. Se a gente vai se fortalecer e mostrar que foi um, embora dolorido, um passo importante para essa retomada. Ou sucumbir de alguma forma e não conseguir reagir na competição”.

Pressão no comando do Bahia

“Olhar um compromisso de cada vez. Para quem não sabe, a estatística diz que 90% dos treinadores que começam a temporada, não terminam. Quer dizer que dos 20 treinadores da Série A, apenas dois vão terminar o ano com seus cargos. Naturalmente isso acontece no início da temporada por causa dessas pressões. Ainda mais iniciando o ano depois de ter terminado o ano anterior com resultado satisfatório, mas viés de queda pelos insucessos no fim da temporada. Pelo acréscimo de qualidade no elenco, naturalmente a pressão pelos resultados logo no início seria alta. A opção por colocar o sub-23 no Baiano, que deu mais tempo para fazer a pré-temporada, mas na contrapartida ter menos jogos para atingir um nível mais alto, naturalmente teria reflexo. Todo ano existe a pressão muito grande em cima dos resultados iniciais, porque se imagina que tem que iniciar a temporada em ritmo acelerado, em 100%. Muitas decisões começam em janeiro, fevereiro ou março. No começo do ano, a reunião que tive com os atletas foi salientando o mês de fevereiro, que seria extremamente complicado. Encaminhamento da fase classificatória da Copa do Nordeste, decisões pela Copa do Brasil e Sul-Americana. Qualquer insucesso no mês de fevereiro acarretaria em pressão, maior necessidade de vitória. Estar pressionado e se sentir pressionado é questão de opção. Prefiro não me sentir pressionado para não passar isso para os atletas para conseguir resultado a qualquer custo. Temos agora o Ba-Vi, que é importante. Semana que vem temos a Sul-Americana. Tratar cada compromisso de uma vez. Posso me permitir sentir abatido e triste no momento posterior da eliminação da Copa do Brasil, mas hoje, como líder, estar à frente do processo e passar confiança para os caras. Não posso passar fragilidade, nada que passe para os atletas que o ano começou e já estamos pressionados por resultados. Os resultados vão acontecer”.

Escalação é mistério

“Primeiro que não teremos tempo para trabalhar. Nosso adversário teve uma semana mais tranquila com relação ao tempo para organizar. O desempenho foi bom, o resultado foi péssimo. Então tem que avaliar com muito critério. Em função da eliminação entender que está tudo errado e precisa de mudança. Temos que ter calma com relação a isso para não pessoalizar uma eliminação precoce em função de um jogo que não aconteceu como a gente queria, o final dele. Assim como Geninho, me reservo o direito de guardar algumas surpresas para o jogo. Faz parte do elemento do clássico, um pouco de surpresa. Para não revelar estratégia, uma possível mudança. A gente entra no clássico para vencer esse compromisso”.

12 jogos sem perder para o rival

“Tabus foram construídos ao longo do tempo. Na minha vivência, como, além de desportiva, treinador. Passei por muitos clássicos. Já passei pelo Grenal, Corinthians x Palmeiras, Atlético-MG x Cruzeiro, Fluminense x Flamengo, Caju, que é Caxias e Juventude, e cada clássico conta sua história, seu elemento cultural envolvido, ligado intimamente a esse jogo. O que a gente seja é ter esse triunfo frente ao nosso adversário tradicional e manter essa escrita. Não que ela nos force a entrar em campo e manter. Jogar com essa prerrogativa e pressionado por essa questão de aumentar ou de não perder o clássico, que já vem, se não me engano, há 12 jogos. Só vai jogar um peso desnecessário. Nós queremos um triunfo. Vamos respeitar muito nosso adversário. Que a disputa fique dentro de campo. Também sei que, em outros clássicos, muitas vezes o externo se sobrepôs ao que aconteceu dentro de campo. Como a gente tem esse espetáculo, nós temos a responsabilidade também com a segurança desse evento e fazer dele um grande jogo de campo. Que o triunfo seja conquistado pelo melhor, e que esse melhor possa ser a gente”.

O Ba-Vi acontece na noite deste sábado (08), às 18h, na Fonte Nova.

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