Dando prosseguimento à série de entrevistas com os 10 grupos que disputam pelo Conselho Deliberativo do Bahia, o ecbahia.com publica neste sábado o bate-papo com a chapa “Simplesmente Bahia”.
Atuando como a voz da torcida nas eleições do Bahia em 2020, o ecbahia.com tem concedido espaço a todos os grupos envolvidos diretamente no pleito eleitoral que decidirá a vida política do clube nos próximos três anos.
O representante do chapa Simplesmente Bahia na entrevista foi Oldgard Freitas.
Confira a entrevista no vídeo acima e alguns trechos no texto abaixo.
Origem e atuação do grupo
“O Simplesmente Bahia surgiu em 2013, com a democracia, e naquele momento da intervenção existia uma preocupação grande nossa que essa democracia não fosse fogo de palha. Era muito difícil a situação financeira, então resolvemos criar um grupo. Naquele primeiro grupo, lançamos Valton Pessoa como vice-presidente na chapa de Fernando Schmidt. Precisávamos de um nome de peso, como Schmidt, para emprestar sua credibilidade ao Bahia. Começou a partir daí a nascer o Simplesmente Bahia. Atuamos em diversos momentos do clube de forma diferente, inclusive com ajuda financeira para complexo da base, formação do DADE e coach. Na segunda eleição, indicamos Marcelo Sant’Ana, que não fazia parte do grupo, mas entendemos que ele era o nome indicado. Colocamos Marcelo Barros junto com Sant’Ana para colocar as finanças em dia. A partir do momento que houve equilíbrio financeiro, o Bahia passou a depender menos de ajuda financeira. Depois, nosso veio Bellintani e aí sim foi um candidato raiz, pois sabíamos que ele tinha uma experiência muito grande na gestão privada e pública. Não precisou mais do nosso apoio na gestão financeira. A partir daí, o Simplesmente Bahia passou a atuar no apoio à gestão, no Conselho Deliberativo, no Conselho Fiscal”.
Decisão de tentar a reeleição com Bellintani e Ferraz
“Quando convencemos Guilherme Bellintani a ser candidato à reeleição, e ele teve de abrir mão de negócios pessoais e muita coisa, prometemos a ele que daríamos apoio. A gente construiu o plano dele de 31 entregas até o fim da gestão. Vai dar para cumprir tudo até o final, mas a pandemia colocou os planos que o Bahia tinha em situação complicada de ser cumprida. Uma a uma, as entregas foram sendo cumpridas, mas a gente achou que não era o momento de Guilherme sair. Existiu essa possibilidade se não tivesse havido pandemia. Fizemos um trabalho de convencimento, Guilherme entendeu a importância de continuar para aí sim entregar 100% o clube. Não só na parte financeira, de gestão, mas também na parte de futebol. Se prepara o clube, dá uma base e melhores condições de trabalho, certamente os resultados virão naturalmente em campo”.
Acertos da atual gestão
“Acerto é tudo que o Bahia vem crescendo, as ações afirmativas, o programa Dignidade aos Ídolos, a marca própria, a loja, o museu que será inaugurado, o crescimento absurdo do quadro de sócio. Tudo isso foram acertos na parte administrativa, assim como o crescimento do orçamento, o novo CT. Tudo isso é indiscutível”.
Erros da atual gestão
“Onde sobrou algum tipo de erro talvez foi no futebol. A contratação de Guilherme (meia, 2019) foi um erro que dava para ter previsto. Foi um pedido do treinador, mas todos sabiam que daria errado. Mas, logo depois conseguiu-se colocar ele no Fluminense. E Clayson é um erro? Pode até ser considerado como erro, mas se analisar a conjuntura quando ele foi contratado, tudo dava a crer que daria certo. Não foi um erro previsível. E pode vir a não ser um erro, como Élber que demorou a se firmar. Tenho esperança de Clayson se firmar. Não vão deixar de acontecer erros, mas a rapidez com que identificamos os erros é o mais importante na gestão”.
Evolução do Conselho e atuação do grupo no CD do Bahia
“O lugar de discutir o clube é no Conselho Deliberativo, pois fortalece a democracia. O Conselho tem sido importante na última gestão. O Conselho evoluiu da época anterior à democracia, não existe mais o ranço, pessoas raivosas que só querem desconfiar. Foi muito bacana participar do Conselho neste ano. Houve um amadurecimento grande”.
“Acho que temos que acabar com questões de grupo dentro do Conselho Deliberativo. Isso vai até contra o Estatuto do clube, que diz os grupos se encerram na eleição. E eu tenho visto isso que ainda há uma disputa um pouco de grupo a grupo. Os requerimentos devem ser assinados por conselheiros e não por grupos. Dentro do Conselho, existem conselheiros. No Simplesmente Bahia, todos têm carta branca para votar em quem quiser. Conversamos, debatemos, mas a palavra final é de quem está vivendo a situação. Ninguém vota em grupo. E eu espero conseguir levantar essa bandeira de grupo dentro do Conselho Deliberativo. O Esporte Clube Bahia precisa estar acima de qualquer grupo”.
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