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João Marcelo cobra punições para combater discriminação no futebol

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História
Publicada em 17 de dezembro de 2018 às 23:02 por Victor de Freitas

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Fonte: Dalmir Campos / ecbahia.com

Destaque no cenário nacional por ações de combate ao racismo, de valorização da cultura negra e de destaque para causas sociais, o Bahia sediou a quarta edição do Relatório Anual da Discriminação Racial no Futebol.

O evento aconteceu nesta segunda-feira (17), na Fonte Nova, e contou com a presença de dirigentes e homenageados.

Campeão brasileiro com o Bahia em 1988, o ex-zagueiro foi um dos representantes da mesa junto com o presidente Guilherme Bellintani; a ouvidora-geral da Defensoria Pública do Estado, Vilma Reis; e a líder religiosa e ativista Makota Valdina. e representantes do Observatório da Discriminação Racional no Futebol.

Em entrevista ao ecbahia.com, João Marcelo afirmou que acredita em punições severas como forma de prevenir atos racistas no futuro.

“Este é o caminho. Quem ofende, precisa pagar por isto. Não é admissível que uma pessoa agrida a outra com um soco, que fique por isso mesmo, por exemplo. Acredito que, se houver um ato (discriminação racial) dentro de campo, o jogador precisa ser punido imediatamente. O clube precisa punir o jogador. Se for um ato da torcida, precisa proibir de entrar no estádio. Se houver reincidência, que o clube possa pagar, perdendo pontos ou a renda. Que isso traga uma consciência”, afirmou o ex-zagueiro tricolor.

Apesar de figura marcante na história do Esquadrão de Aço, João Marcelo também sofreu um ato de racismo enquanto frequentava um shopping na capital baiana. Ele lamenta o ocorrido, mas garante estar tranquilo quanto às medidas cabíveis que precisou tomar.

O ex-zagueiro também acredita que atos criminosos que ocorrem dentro de campo, também pode acontecer fora das quatro linhas. E vice-versa. Para isto, o relatório anual se faz necessário para mapear casos de discriminação no futebol.

“Graças a Deus, hoje eu ando de cabeça erguida porque marquei meu nome na história do clube, na história do futebol da Bahia. Mas há pouco tempo sofri com dois seguranças me seguindo dentro do Shopping Barra. Uma coisa inacreditável. Estou tomando minhas providências. E este relatório anual vai nos dizer o que realmente acontece. A gente não pode desassociar o futebol da sociedade. O que acontece em campo, acontece fora”, acrescentou.

Também em entrevistas ao ecbahia.com, a ouvidora-geral da Defensoria Pública do Estado, Vilma Reis, segue a mesma linha de discurso de João Marcelo, afirmando que punições são necessárias dentro do futebol. Entretanto, diz que acredita na educação como ponto de partida para a diminuição do preconceito na sociedade.

Por sua vez, a líder religiosa e ativista Makota Valdina, defende que o racismo deve ser enfrentado como ele é; que a sociedade se enxergue como racista, para que chegue ao fim da discriminação.

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