Não há como negar que a defesa é o setor mais deficiente do Bahia. A própria direção tricolor concorda. Posição das mais rotativas, tendo em vista o alto índice de cartões recebidos por jogo, a zaga azul, vermelha e branca conta apenas com quatro peças, computando-se aí o jovem Eduardo, recém-promovido dos juniores. Os outros são os contratados Alisson e Cléber Carioca, além do veterano Emerson.
É bem verdade que o volante Rogério pode perfeitamente tapar o buraco lá atrás, como aconteceu no Estadual. Mas a intenção do clube é finalmente utilizá-lo onde ele atua ainda melhor. Para isso, as buscas por um novo beque continuam no Alto de Itinga.
A lateral direita, contudo, também vem causando uma verdadeira dor-de-cabeça no torcedor. Prova disso é que, de dois anos para cá, nada menos do que 13 atletas diferentes passaram pelo Fazendão.
HISTÓRICO Em julho de 2005, chegou o ex-coritibano Jucemar que, apesar da boa vontade do técnico Jair Picerni, viu a camisa 2 ser bem mais usada por Marcos Vinícius cria da base, assim como Paulinho, outro que participou da fatídica campanha do rebaixamento à Terceirona. Sem falar em André Cunha, aquele que veio do Palmeiras, mas desistiu de ficar no pesado ambiente do Esquadrão.
Na última temporada, estiveram no Bahia, durante o primeiro semestre, o polivalente Ari (que sequer entrou em campo), o prata-da-casa Denilson e os experientes Chiquinho e Bruno Heleno. Na Série C, ainda oscilaram na direita Dadico, Henrique e Luciano Baiano, o que mais a agradou e que tem protagonizado uma longa novela sobre o seu retorno.
A possibilidade disso se concretizar aumentou ontem, com a confirmação do afastamento de Carlos Alberto que, ao longo do Baianão, colocou o já dispensado Maricá no banco de reservas.
Por ter voltado a aprontar, restou a Arturzinho improvisar no setor, sem eles levarem o mínimo jeito para a coisa, os cabeças-de-área Dudu e Marcone. Não deu certo.
BARRADO Carlos Alberto, de apenas 23 anos, atrasou-se em três horas para o treino de sábado e acabou barrado do amistoso contra o Sergipe. A desculpa de que o despertador não funcionou não colou, a exemplo do que já havia acontecido quando de seu sumiço às vésperas de uma partida decisiva do Estadual, no início de maio.
Conseguimos conciliá-lo com o treinador, mas ele não aproveitou a oportunidade e cometeu outra indiscplina, lamenta o diretor de futebol Ruy Accioly, explicando que ainda não ocorreu a rescisão contratual: Precisamos da anuência do Atlético/PR (dono de seu passe) e pagar os dias trabalhados dele de maio e junho, até sexta.
Sem o camisa 2, Accioly admite a pressa de fechar logo com Luciano Baiano. Ele quer vir, a esposa é de Feira, os dois estão sofrendo muito com o frio, já mandaram os filhos de volta para a Bahia, mas o atleta ainda necessita se desligar do Joinville. O que também ajuda é que ele é compadre do zagueiro Emerson”.
Matéria publicada originalmente, por esse mesmo autor, na edição desta terça-feira 05/06/2007 do suplemento A Tarde Esporte Clube
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