Jogo na Taça Estado teve até o filho de Arturzinho

De Marcelo Sant´Ana, no Correio da Bahia desta segunda-feira:

“O Leônico ressurgiu no futebol baiano perdendo por 1×0 para o time júnior do Bahia. E o Metropolitano de Pituaçu quase ficou às escuras no final da rodada dupla, iniciada com Galícia 0x2 Camaçariense, pela ausência de iluminação artificial – quarta-feira, Astro x Fluminense completa a rodada com clássico no Alberto Oliveira, em Feira de Santana. O gol tricolor foi de Paulo Roberto, aos 41 minutos do primeiro tempo, depois de receber cruzamento de Bruno Lopes e completar de bate-pronto.

O campeão baiano de 1966 voltou na Taça Estado 15 anos após ser rebaixado no Campeonato Baiano, mantendo em evidência a falta de qualidade técnica. Distração para os 274 pagantes era ler e reler a escalação ou ouvir no rádio as jogadas de Telequete e Baixinho nas laterais, Bubuca na armação e Abacate no comando de ataque.

Pelos tricolores, foi pior. O volante Marcone, por exemplo, convocado, mês passado, para a seleção brasileira sub-20, claramente se poupava, improvisado na lateral-direita. E não havia o porquê fazer mais, pois ganhava as disputas graças à inaptidão adversária.

Aliás, se até Tuca, que no futebol não passa de filho de Arturzinho e nem contrato profissional com o Bahia tem, foi titular, não havia realmente a mínima intenção de se cobrar ou avaliar alguma coisa. Enquanto isto, Cesinha, contratado ao Juazeiro, ficou no banco até os 25 da etapa final vendo os experimentos. Certo fez o campeão Vitória, que pregou economia e abdicou do campeonato.

Leônico: Raimundo; Telequete, Nado, Ricardo e Baixinho (Maurício); Baiaco, Braz, Bubuca (Elton) e Nonô; Abacate (Cícero) e Paulo César (Gabriel). Treinador: Ruy Freitas.

Bahia: Paulo Eduardo; Marcone (Paulo Henrique), Douglas, Júnior e Bruno Lopes (Pedrinho); Diogo, Willames, Saulo (Natanael) e Ananias (Adriano); Tuca (Cesinha) e Paulo Roberto. Treinador: Ricardo Silva”.