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Nação Tricolor, morra de inveja!

Notícia
Historico
Publicada em 18 de junho de 2007 às 11:37 por Da Redação

Que mágica foi essa que fez o Grêmio, em apenas dois anos, sair da Série B para se tornar finalista da Taça Libertadores da América? “Nenhuma”, responde a direção do tricolor gaúcho, que recorreu a um caminho que, de tão óbvio, deve parecer turvo para o Bahia.

Através de um pacote de medidas simples, porém inéditas nestas plagas soteropolitanas, o clube aproveitou a paixão de sua torcida para ganhar dinheiro, fazer melhores contratações, manter os salários em dia e se reabilitar no cenário nacional. De menos de 4 mil sócios, em 2005, decuplicou o número para 43 mil, em 2007.

As principais vantagens do associado gremista são acesso garantido a todos os jogos no Olímpico, sorteio de brindes a cada partida, desconto na escolinha de futebol e na loja do estádio e, sobretudo, direito de votar e ser votado para presidente.

“Todas essas coisas são fundamentais, mas há sempre uma pergunta básica: eu terei direito de decidir o futuro do clube?”, conta Marcos Prestes, coordenador do programa do rival Inter, cujos benefícios são quase os mesmos – e o quadro social é ainda maior.

O Colorado já conta, hoje, com nada menos do que 53 mil sócios, quantidade que lhe rende, a cada mês, cerca de R$ 1,5 milhão. Deu no que deu: de quase rebaixado para a Segundona, em 2002, virou campeão mundial somente quatro temporadas depois.

A cartolagem baiana sempre tenta argumentar que os casos acima são isolados. Balela. Em 11 dos 20 participantes da Série A, existe permissão para algum tipo de associado eleger o seu dirigente máximo.

E esta maioria está prestes a receber um agregado à turma democrática, assim que a reforma estatutária do Atlético Mineiro acabar.

Realidade local é muito distante

Por que os co-irmãos de Salvador não seguem o exemplo que vem do Rio Grande do Sul? “Porto Alegre não tem praia”, argumenta o diretor de marketing rubro-negro, Eric Bastos, acrescentando que o Leão não possui mais sede social, o que lhe dificultaria a tentativa de seduzir torcedores.

Justamente por esse motivo é que o programa “Sou Mais Vitória” seria voltado apenas para vantagens como pacote de brindes e ingressos dos jogos no Barradão. Com ele, o clube já arrecadou R$ 360 mil no ano. Mas votar para presidente continua sendo sonho.

O mesmo acontece no Bahia, que se em 1988, após a conquista do Brasileirão, chegou a ter 9 mil sócios, atualmente não passa de algumas centenas em dia. Pior: sequer oferece uma campanha ao menos como a do rival, embora o vice-presidente de marketing Marco Costa prometa o lançamento de um programa “revolucionário” no próximo mês.

ONDA TRICOLOR | Esse será o nome do novo programa de sócios do Bahia, que promete realizar “algo singular no País”, tendo como espelho o que ocorre nos times gaúchos. Mas não dará direito de voto ao torcedor, não.

7 mil cadastrados o tricolor chegou a ter em sua última campanha semelhante, lançada em junho de 2002, cujo fôlego não passou de 2004.

BALANCETE | Aquele “Sócio Torcedor” não concedia acesso liberado aos jogos na Fonte, mas descontos em lojas conveniadas e sorteio de brindes. Garantiu prestar contas mês a mês, porém só cumpriu até janeiro de 2003.

R$ 200 custa, à vista, o título de sócio patrimonial do Bahia. Parcelado, dá R$ 250. O preço da taxa de manutenção é R$ 20.

POUCO | Por enquanto, o único benefício oferecido é a entrada do associado na sede de praia da Boca do Rio, além de participação nas eventuais reuniões da Assembléia Geral.

1 ano e oito meses já se passaram desde a promessa da diretoria de reformar o estatuto do clube em prol das sonhadas Diretas Já.

Matéria publicada originalmente, por esse mesmo autor, na edição desta segunda-feira 18/06/2007 do suplemento A Tarde Esporte Clube

Leia também: Mais da metade dos clubes da Série A têm Diretas

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