Rombo do Bahia S/A já passa dos R$ 42 milhões

Vira e mexe o senso comum acusa o tricolor de desorganizado, sem planejamento e mal gerido, administrativamente falando. Pois o novo balanço do Bahia S/A, divulgado terça-feira, pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), dá margem a declarações desse tipo.

Segundo o documento, o Basa registrou prejuízo de R$ 1,132 milhão no primeiro trimestre deste ano, elevando o déficit de seu patrimônio líquido para R$ 42,731 milhões – contra R$ 38,5 milhões no mesmo período, em 2006. Típica situação de insolvência, conclui o economista Marcus Verhine, integrante da Associação Bahia Livre.

“Isso significa que se o clube vender todos os seus bens, hoje, ainda vai dever esse valor exorbitante”, acrescenta. Somando com os 18 milhões injetados pelo Banco Opportunity, em 1998, que deixou o clube no azul, são mais de R$ 60 milhões em prejuízo acumulado pelo Esquadrão de Aço. Nem o economista diz entender como a situação se inverteu tão rapidamente, em menos de uma década.

O balanço ainda ratifica o distrato do Bahia com a instituição financeira, aprovado pelo Conselho Deliberativo azul, vermelho e branco em outubro do ano passado. Mas Verhine alerta: “Banco nunca perde. Pelo acordo, o controle estrutural vai continuar com a LigaFutebol até 2032”.

RESPOSTA – “Eles confundem muito o Bahia S/A com a Ligafutebol. Não é bem assim”, rebate o vice-presidente financeiro tricolor, Marco Costa (que acumula a pasta do marketing), referindo-se ao grupo de oposição. Para ele, a hora é de ajudar o Esquadrão.

“Montamos um time competitivo, que tem tudo para subir para a Série B, e ninguém fala”, reclama Costa, que ressalta ter triplicado o número de produtos licenciados do clube e a sua participação, de destaque, na última reunião do Clube do 13. O encontro ocorreu em São Paulo, semana passada

Matéria publicada originalmente, por esse mesmo autor, na edição desta sexta-feira 01/06/2007 do suplemento A Tarde Esporte Clube