Veja a entrevista com a chapa ‘O Bahia é de Todos e Todas’

O ecbahia.com dá sequência à cobertura completa das eleições do Esporte Clube Bahia de 2020, que vão decidir os representantes da Diretoria Executiva e Conselho Deliberativo pelos próximos três anos.

Dando espaço para todos os grupos envolvidos no pleito eleitoral do clube, o ecbahia.com segue com série de entrevistas com as 10 chapas que concorrem às 100 cadeiras do Conselho Deliberativo.

Desta vez, a chapa entrevistada é “O Bahia é de Todos e de Todas”, com Mário Júnior como representante.

Confira toda a entrevista no vídeo acima e alguns trechos abaixo:

Formação da chapa

“O Bahia é de Todos e Todas não é um grupo, mas sim uma chapa. A gente surgiu a partir de vários bate-papos. Começou com o pessoal da torcida. Torcedores vinham falar comigo que queriam levar um assunto para o conselho e eu dizia que qualquer sócio poderia encaminhar isso. Participamos da luta pela democracia. Há dois anos, nos afastamos porque conseguimos o que queríamos: eleições diretas, conselho proporcional, Conselho Fiscal atuante. Mas, essas provocações da torcida fizeram com que a gente em cima da hora montasse uma chapa. Montamos em cinco dias. Foi fruto da nossa credibilidade. A gente quer que dentro do conselho tenha essa participação do torcedor de arquibancada”.

A chapa apoia algum candidato à presidência do Bahia?

“O próprio nome já define o que queremos: o Bahia de todos e todas. O slogan é para um conselho autônomo. O papel do conselho é fiscalizar. Em relação às chapas, ficamos muito felizes pela candidatura de Lúcio Rios e Fernando Passos. Acho importante e quero parabenizá-los. Internamente, não definimos apoio. Até porque queremos ter independência para fiscalizar. Dentro do grupo, várias pessoas têm declarado voto. Uma boa parte deve declarar voto a Guilherme Bellintani. Entendemos que estamos em um momento de reconstrução do clube. E tentar mudar a lógica de que a torcida é emoção e resultado. Entendemos que primeiro temos que reestruturar o clube e depois os resultados virão”.

Erros e acertos da atual gestão

“A gestão vem dando continuidade ao processo de reconstrução. Percebo que os erros que a gestão cometeu, foram tentando acertar. É um discurso em cima da convicção que temos deste processo. A gente vem em uma crescente de Schmidt para cá. E tem a parte de responsabilidade social. Porque o clube não pode ser só futebol, também precisa ter responsabilidade social com seu torcedor. Para mim, essa gestão tem como ponto positivo o centro de ações afirmativas. Não podemos nivelar o marketing ao futebol. Se o marketing está bem, o futebol tem que se nivelar”.

“Sobre erros, falam muito da gestão de futebol e planejamento de base. Todos os grupos vão falar isso, pois é notório. Em três anos, não tivemos uma política definida para a base”.

Papel do Conselho Deliberativo

“Antes do advento das cotas de TV, o papel do conselheiro era de ajudar o clube financeiramente. Com as cotas, o papel do conselheiro passou a ser um título de nobreza. E hoje, após a democracia, com um conselho proporcional, o papel é de fiscalizar, sugerir, de cobrar, de debater e trazer temas. Cada comissão debate seus temas”