Veja a entrevista com a chapa Revolução Tricolor para o Conselho

Nós do ecbahia.com, como parte importante deste processo democrático, convidamos os 10 grupos que estarão concorrendo às vagas do Conselho Deliberativo do Esporte Clube Bahia no dia 12 de dezembro de 2020.

A chapa entrevistada do dia é a Revolução Tricolor, com o candidato ao Conselho Deliberativo, Caio Botelho, como representante.

Assista à entrevista completa através do vídeo acima. Abaixo, confira alguns trechos do bate-papo:

Origem e formação do grupo

“A Revolução Tricolor é um grupo formado em 2008. É o único que permanece há 12 anos. A RT não nasceu para lutar eleições, mas sim para que a gente pudesse disputar eleições. Ou seja, para que houvesse democracia no Esporte Clube Bahia. Luta travada, é claro, por nós e por outros grupos. Não nos reunimos apenas a cada três anos, mas somos um grupo orgânico, que tem vida cotidiana. Nós somos um conjunto de ideias dos homens e mulheres que compõem este grupo. (…) Todos nós somos igualmente importantes. Temos uma coordenação eleita a cada ano, mas não tem autoridade para decidir pela RT. Temos que nos reunir coletivamente para decidir em conjunto.

Apoio a Guilherme Bellintani e Vitor Ferraz

“Primeiramente, decidimos pela reeleição de Guilherme e Vitor por entendermos que é preciso ter lado e coragem para escolher. Respeitamos a ideia de todos os grupos. Mas, o muro não combina com a Revolução Tricolor. Se todos nós tivéssemos ficado em cima do muro, não teríamos conquistado a democracia. Então, é muito fácil dizer que não é nem oposição, nem situação. O que nós não faríamos como grupo é mudar de lado quando as coisas não estão tão boas. Apoiamos a reeleição. Vitor Ferraz inclusive é membro da RT. Mas, fizemos um balanço interno de erros e acertos e que nos fizeram decidir”.

Acertos e erros

“Entendemos que tivemos acertos importantes. O Centro de Treinamento Evaristo de Macedo é um exemplo disso. Uma luta que começou com Fernando Schmidt para retomar o patrimônio. Então, recuperar a Cidade Tricolor e o Fazendão, a marca e loja próprias, a responsabilidade social, o aumento das receitas”.

“Mas, claro que temos pontos a melhorar. Por exemplo, é preciso haver reformulação do departamento de futebol. E a necessidade de acompanhar esse processo de reestruturação das categorias de base. Sabemos que isso é estratégico para um clube como o nosso. Defendemos, por exemplo, que 30% dos jogadores do elenco profissional sejam oriundos das divisões de base. Entendemos que é necessário reformular os departamentos de futebol e da base”.

Papel do Conselho Deliberativo e propostas

“A primeira questão importante sobre o Conselho é que os conselheiros podem e devem ter lado. A Revolução Tricolor vai apoiar a gestão, mas o Conselho, institucionalmente, deve ser autônomo em relação à Diretoria Executiva. A gente precisa cumprir o dever institucional, independentemente de ser da situação ou oposição. Então, precisamos analisar as contas de maneira correta, sob o ponto de vista técnico. Defendemos a democracia e a pluralidade de ideias diferentes”.

Teremos 10 grupos representados, com a chapa mais votada e a menos votada. Cada um vai ter o número de cadeiras proporcional ao número de votos que so sócios darão. Independente disso, todas as vozes devem ser respeitadas. Por isso, é importante manter a proporcionalidade nas comissões. É preciso ter espaço para todo mundo, estimular reuniões virtuais e a participação de sócios como ouvintes nas reuniões, pois o Conselho não pode ser uma casa dos aristocratas do clube, mas sim do povo. Assegurar a presença das mulheres também e que elas tenham voz, de fato, dentro do conselho, além de reformar o regimento interno e o regulamento do clube”.