De José Raimundo Silveira, no jornal A Tarde desta terça-feira:
“A promotora Rita Tourinho, do Ministério Público Estadual, acatou denúncia de irregularidade na criação da sociedade entre o Esporte Clube Bahia e o Opportunity, controlador do Bahia S/A. O inquérito foi aberto e pode levar à anulação do contrato. Na próxima semana, começam a ser ouvidas testemunhas relacionadas à LigaFutebol, empresa que dirige o futebol tricolor.
As primeiras pessoas que prestarão depoimento são Verônica Dantas Rodenburg, irmã de Daniel Dantas, dono do Opportunity, Artur Joaquim de Carvalho e Maria Amália Cotrim. Todos integram o Conselho de Administração do Bahia S/A e vão se esclarecer por meio de carta precatória. Além de Rita Tourinho, os promotores Antonio Faustino e Valmiro Macedo também ouvirão as testemunhas.
Já o depoimento de Luiz Roberto Demarco está programado para o dia 29, na sede do MPE, em Nazaré. No começo da parceria entre o Bahia e o banco, ele desempenhava o papel de principal executivo do Bahia S/A. Após o rompimento pessoal com Daniel Dantas, foi afastado. Sua antiga posição estratégica e o rancor acumulado fazem crer que ele tem muito a dizer.
Só após estes depoimentos, os representantes do Esporte Clube Bahia começarão a dar esclarecimentos. Porém, já foi solicitado ao tricolor a apresentação de alguns documentos: livro de ata da reunião da assembléia geral que permitiu a criação da sociedade; contrato com a LigaFutebol e seus anexos; e o contrato de arrendamento da sede de praia da Boca do Rio à casa de shows Espetáculo.
O processo foi desencadeado em 27 de outubro, quando o microempresário Edmilson Gouvêa e o advogado César Oliveira entraram com petição no MPE. A dupla argumenta que a então diretoria do Bahia, presidida por Marcelo Guimarães, modificou os termos do contrato autorizado pelos conselheiros do clube”.
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