é goleada tricolor na internet
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Publicada em 24 de dezembro de 2018 às 03:43 por Autor Genérico

Autor Genérico

Este ano não vai ser igual àquele que passou

Os leitores desta página eletrônica, pelo menos os mais assíduos frequentadores da seção “Colunas”, devem se perguntar: cadê o Cássio?! Continuo aqui no mesmo lugar de sempre, entre esplanadas, palácios, ministérios e autarquias. “Ora, por que você não escreveu mais?” Simplesmente por falta de tempo. De qualquer maneira, o site está sendo bem representado pelas excelentes análises táticas de Caio, pelas tradicionais missivas de Djalma, Vladmir, Uzêda e outros não citados.

Vejamos… o que falar do Bahia neste ano que se acaba? Posso afirmar, com plena certeza, que neste ano não passamos tanta raiva, fora o pequeno namoro com a zona de descenso por algumas rodadas do Brasileiro e a inacreditável volta olímpica do time semafórico maranhense (comprovadamente um time de CEREI C) em plena Fonte. Vencemos o indesculpável campeonato baiano; fomos a mais uma final do torneio regional, melhoramos nosso desempenho nos Brasileiros de pontos-corridos, tivemos uma campanha honrosa na Sulamericana, perdendo do mais do que emergente (quase protagonista) At(h)lético Paranaense de forma digna… 

A despeito de mais uma carreta de contratações de jogadores de segunda e terceira linha, revelamos e/ou resgatamos nomes como Zé Rafael e Gilberto. Fomos elogiados pelo técnico da seleção brasileira como modelo de futebol bem jogado; podemos falar em time-base para o próximo ano sem nos preocuparmos com aquelas tradicionais debandadas gerais de final-de-ano, com aquele frequente temor de iniciar a temporada seguinte com a equipe sub-20 reforçada por três ou quatro pernas-de-pau. Manteve-se o treinador, finalmente, mesmo após passarmos metade do ano às turras com técnicos que comprovadamente não se sustentam (eu avisei sobre o gordinho desde o começo!) etc.

Ainda não ganhamos nada que possa nos remeter a 1988; ainda não estamos em condições de disputar o fino do mercado da bola de igual para igual com os doze grandes brasileiros, tampouco de vender nossos jogadores por valores os quais achamos que valem; mas podemos concluir que o torcedor do Bahia terminou 2018 com um pouco mais de esperanças, vendo seu clube um pouco melhor em desempenho e estrutura.

Em 2019, completar-se-ão trinta anos daquela que entendemos ser nossa maior conquista; e mesmo que, em tese, o feito dificilmente será repetido, pugnamos por um pouco mais de ousadia tanto em termos de elenco quanto de metas. Quem sabe, uma classificação à Libertadores? Com planejamento, paciência e estratégia, é possível voltar a sonhar.

Outros fatores, extra-campo, mereceram destaque em 2018: o presidente-mídia, uma figuraça que interage bem com a torcida nas redes digitais, tem promovido ações de promoção dos direitos das minorias sociais, além de romper com o império das fabricantes de material esportivo ao lançar grife própria de jogo. Ok, vocês podem achar que os novos uniformes não são bonitos (eu também acho); podemos achar que há uma tentativa de politização do esporte, etc, mas não podemos negar que isso dá uma mídia muito melhor do que o que vinha sendo feito por aí em gestões passadas. No aguardo da definição quanto ao patrimônio (vende o Fazendão ou não vende? E o CT da Fazendávila?) e da questão dos direitos de transmissão pela TV.

A hora é essa. Mesmo com (mais um) rebaixamento do time de Canabrava (“bom” para o torcedor zoar o rival, mas péssimo para o futebol nordestino), o Bahia trilha um caminho continuado em busca de um modelo que deverá ser referência para toda a região – tal caminho pode ser tachado como não ideal porém não pode ser tido como ruim. Com associação em massa e maior participação da torcida, creio em um novo 1988 num médio prazo (não exatamente um título do brasileirão, mas algo de impacto semelhante). Que assim seja.

Saudações tricolores, boas festas e um excelente 2019 a todos.

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