Deixando de lado a baixaria que é o pleito para presidente do país, resolvi abordar as eleições para a presidência do Bahia e como isso pode interferir no time em campo no próximo ano.
O sucessor de Schmidt hoje vive a expectativa da confirmação de dois cenários. O primeiro, com o Bahia sendo mantido na série A em 2015 é menos pior. As dívidas serão as mesmas, o torcedor seguirá insatisfeito com os resultados de 2014, mas ainda estaremos na elite, com possibilidades de maiores receitas e provavelmente vaga na Sul-americana.
O segundo é a desgraça. Rebaixamento, revolta da torcida (não espere você, caro presidente eleito, que veremos aquela torcida de outros rebaixamentos, apaixonada e fiel independentemente dos Ananindeuas e Icasas da vida. A torcida do Bahia está é virada na disgraça com o que tem passado desde 2011), queda nas receitas, chance quase zero de trazer bons jogadores e as dívidas herdadas das gestões anteriores ainda estariam no pacote.
Apesar de provocados, alguns nomes de pré-candidatos conhecidos preferiram o silêncio em respeito à situação do time montado por Valton, William e Eduardo Uram. Somente Tillemont declarou via Twitter que será candidato novamente. Em minha opinião, todos estão torcendo por mais uma fuga milagrosa do Z-4, afinal eles são tricolores e um rebaixamento seria péssimo para qualquer um.
O Esporte Clube Bahia existe exclusivamente por causa do futebol. Qualquer projeto, por mais mirabolante e bem-intencionado que seja, só dará certo se o time andar bem em campo. Por isso, apesar de ninguém ter me perguntado nada, gostaria de dar um conselho ao presidente: Se reúna com os candidatos e comece desde já a preparar o time para janeiro de 2015. Como?
Esqueçam a Taça São Paulo. Preparemos melhores jogadores da base para representarem o clube no Nordestão e no campeonato de Ednaldo Rodrigues. O que faltou ao time no começo do ano foi exatamente preparação física e entrosamento. O elenco pode ser reforçado pelos atuais reservas sem oportunidade ou pelos emprestados com contratos até 2015, como o zagueiro Robson, Omar, Wilson Pittoni e Feijão.
Um grupo de meninos em busca de reconhecimento e profissionais atrás de um lugar ao sol tem mais chance de sucesso que o bando de gordo mascarado e desmotivado vindo do submundo do futebol asiático ou da cartola de empresários.
Se tivermos um bom começo de ano em campo, veremos que isso refletirá diretamente nas arquibancadas. Confirmada a permanência na A, teremos tempo de fazer as contratações devidas para deixar o time, enfim, competitivo na elite. Se estivermos na B, um time operário e entrosado é o exemplo deixado pela Ponte Preta, Joinville, Avaí e até mesmo Sampaio Correia neste ano. Só o Vasco foge à regra.
O que não dá é esperar até a última rodada e o resultado da eleição para começar a pensar em 2015.
comentários
Aviso: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do ecbahia.com.
É vetada a inserção de comentários que violem a lei, a moral, os bons costumes ou direitos de terceiros.
O ecbahia.com poderá retirar, sem prévia notificação, comentários postados que não respeitem os critérios
impostos neste aviso ou que estejam fora do tema proposto.