Estou meio sem tempo para escrever, só pra variar. Mas, quando vemos uma equipe acumular pilhas de jogos sem triunfo (e nem quero somar aos jogos do Brasileiro passado), ser tri do putrefato campeonato baiano apenas pela ruindade dos adversários e ser eliminado por liverpools, sampaios correas e rivers piauienses de forma vexatória e inexplicável; começamos a nos perguntar se isso é acaso, azar ou apenas uma fase.
Em princípio, nada é por acaso, exceto o Sobrenatural de Almeida rodrigueano e suas diatribes de costume contra a lógica e a razão. Até o gol de Raudinei tem explicação fora da “mística” ou da “estrela”, porque aconteceu em cima de uma zaga alquebrada e um meio campo exaurido do rival. Fracassos e sucessos, via de regra, são resultantes de elos de uma corrente temporal de fatos e tomadas de decisão, não implicando necessariamente que foram erros intencionais ou por negligência – embora contra fatos não haja argumentos.
Em três anos, em que pesem os acertos institucionais e de marketing; em que pesem os êxitos administrativos nas áreas-meio, as áreas finalísticas continuam sem demonstrar resultados à altura, como demonstrado pela tabela do campeonato brasileiro. A divisão de base, nem se fala, porquanto nunca mais se ouviu falar dela. Gestor de futebol faz o que quer e continua tendo todo o apoio do patrão. Mas mesmo assim, os resultados em campo continuam os mesmos que a Geração Fast se acostumou a ver ou celebrar, como “melhores campanhas dos pontos corridos” sendo equiparados a títulos.
A democracia é meio e não fim: os meios para tornar o Bahia capaz de atrair o outrora sudestável e selecionável Mano Menezes saltam aos olhos, o que raramente teria ocorrido outrora. O presidente Belintani foi colocado lá dentro com votação mais do que expressiva, o que demonstra a confiança do sócio nas suas propostas. Contudo, considerando a atual zona de rebaixamento; e considerando os resultados anteriores em campo, entende-se não ser apenas uma fase; e sim o “normal”.
Mano terá a inglória função de tirar o Bahia do Z4, o que tem grandes chances de ocorrer, mas dificilmente irá além disso em razão do começo de certame pra lá de ruim: milagreiro ele não é. Mas, quem sabe, possa trazer de volta a confiança do torcedor, apesar do elenco mediano, considerando ainda eventuais contratações. O fato é que qualquer resultado fora da fuga da Segundona será excedente e não algo esperado. De repente, Mano pode ser um bom nome para o ano que vem, com nova gestão de futebol e nova mentalidade administrativa.
Portanto, caro sócio tricolor, basta acionar o Google ou os almanaques esportivos e analisar o desempenho do Bahia dentro de campo nos últimos três anos, antes de votar e apertar o “confirma”. Escolher dentre tantos candidatos com discurso vazio é tarefa dura, mas quem sabe, não seja este o momento de amadurecer nossas escolhas eleitorais, em vez de cair em promessas de salvadores da pátria e seu marketing pra lá de eficiente?
PS: dia 1 de setembro tornei-me, pela segunda vez, pai de um querido menino – agora tenho um casal. Está nas mãos de quem rege os destinos do Bahia criar condições para que esta criança consiga perceber o Bahia fora do Nordeste e criar um mínimo de apreço pelo clube, considerando a distância de Salvador na qual me encontro.
Saudações Tricolores!
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