Sempre fui um defensor do técnico Roger Machado. Muito além de acreditar no profissional, acredito na necessidade de uma estabilidade mínima para que haja sucesso. Entretanto, ficou exposto aos quatro ventos o fato de que o técnico citado não tem a capacidade de alterar os constantes vexames pelos quais passamos. Vai muito além… historicamente, os trabalhos dele demonstram isso. Ele não consegue reverter situações ruins. Os “momentos de oscilação” parecem eternos, uma vez que começam. Não posso mais defendê-lo, já que, em primeiro lugar, vem o Esporte Clube Bahia, sempre.
Contudo, não podemos eximir os jogadores. Vejam: esses profissionais recebem em dia, treinam em um dos melhores centros de treinamentos do país, possuem uma torcida apaixonada e imensa, além do enorme “cachê” ao fim do mês. Ainda assim, o Bahia vive sofrendo eliminações/derrotas vexatórias. É impressionante… Enquanto de um lado temos um crescimento econômico e estrutural, no campo, o mesmo não ocorre. Do que esses jogadores precisam para ao menos diminuir a frequência das vergonhas que eles nos fazem passar?
O treinador deve cair e, associado a isto, os jogadores devem passar a ser responsabilizados. Na europa, é comum que os jogadores tenham cláusulas em seus contratos para os casos em que o time não alcance as metas estabelecidas. Exemplo: “em caso de eliminação precoce das competições A, B, C ou D, haverá decréscimo de 10% do salário do jogador até o fim da temporada em questão.”. Essas porcentagens variam de acordo com a importância da competição para o clube e, claro, com o retorno financeiro que esta proporciona à instituição. O Bahia perdeu em torno de 5 milhões de reais com a eliminação absurda que sofreu na Copa do Brasil, seria justo que os jogadores fossem responsabilizados por isso, não? Fica a sugestão para quando o período de renovações contratuais chegar. Talvez assim, com uma penalidade financeira, os jogadores possam mostrar mais intensidade e garra.
Estamos diante de mais um ano como outro qualquer de nossa história recente, sofrendo derrotas inacreditáveis para times sem qualquer expressão. Tudo bem, estamos crescendo em estrutura e economia… Mas e no campo? Não conseguimos dominar – de maneira clara – jogos contra equipes absolutamente inferiores! River, Vitória, Sampaio Corrêa duas vezes, Liverpool (Uruguai) e tantos outros. Não ganhamos nenhum título de expressão… Espero que o esquadrão de aço ganhe, ao menos, a Copa do Nordeste. É pedir muito? Porque parece que está faltando vergonha na cara. Até quando as boas conquistas fora das quatro linhas vão continuar mascarando as humilhações sucessivas que nos acometem dentro de campo?
Já não há como aguentar esse discurso sobre “pressão”. É sempre a mesma coisa: “A pressão de brigar pela libertadores…”; “Estamos pressionados pela eliminação precoce.”. Está na hora de começar a assumir as responsabilidades de peito aberto, indo pra cima, assumindo favoritismo. Faz parte! Pressão é não ter onde domir, não ter o que comer. Por que do jeito que anda, daqui um pouco mais, irão dizer: “a pressão de entrar em campo e jogar futebol é muito grande…”. Triste, simplesmente triste.
BBMP.
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