Uma Luz no Fim do Túnel

Saudações Nação Tricolor! Antes de mais nada, quero aproveitar este espaço para dar as boas vindas ao mais novo colega de coluna Humberto Netto que acaba de estrear com uma bela coluna sobre a estagnação que assola o nosso Tricolor há décadas. Seja muito bem vindo e espero que possa nos ajudar com suas opiniões para continuar fazendo deste o melhor site tricolor.

O assunto que irei abordar nesta coluna refere-se a uma nota publicada recentemente no jornal A Tarde e divulgada também no plantão da ecbahia.com.br afirmando que Marcelo Guimarães estaria trabalhando no sentido de alterar o estatuto do Bahia para regulamentar as eleições diretas para presidente do clube. Se esta notícia for verídica e isto vier a se concretizar, certamente este será “o grande ato” da gestão Marcelo Guimarães.

Acredito que, há esta altura do campeonato, não tem mais o que questionar no que diz respeito ao total amadorismo ao qual a gestão do futebol “profissional” do Tricolor está abandonada há muitos anos, inclusive na gestão de Marcelo Guimarães. Regulamentar as eleições diretas agora, além de atender ao novo Código Civil, nada mais é do que dar a palavra à torcida; entregar o destino e o futuro do Bahia às mãos desta apaixonada e gigantesca Nação Tricolor. Poderemos, enfim dizer: “O Bahia é nosso !”

Entretanto, será preciso, meus caros tricolores, muita cautela nesta nova fase. A própria experiência recente do nosso país demonstra que é necessária uma grande maturidade para viver um regime democrático. A falta de costume em eleger o presidente da república levou a uma série de erros e desastres eleitorais nas primeiras eleições democráticas após algumas décadas de ditadura. No meio dos sócios do Bahia, todos potenciais candidatos à presidência, existirão muitos excelentes “presidentes”, realmente bem intencionados e competentes para resgatar a grandeza do nosso time, mas existirão também aqueles que irão querer agora se aproveitar da oportunidade para “mamar também”. Repetir as gestões amadoras que visavam apenas os interesses pessoais de um grupo de pessoas. Estes “aproveitadores” continuarão existindo. É fundamental que os eleitores tricolores tenham consciência e maturidade para saber separar o “joio do trigo”. É fundamental eleger pessoas que coloquem de lado qualquer interesse pessoal, que tenham como único interesse resgatar a grandeza do nosso Bahia. Não podemos, em hipótese alguma, substituir um grupo de “velhos cardeais” por um bando de “novos cardeais”. Portanto, fiquemos alertas!

Outro ponto fundamental é o próprio fato de “ser eleitor”. Obviamente, apenas os sócios patrimoniais em dia irão votar. É provável que os sócio-torcedores não tenham este direito (embora tudo vai depender das alterações feitas no estatuto). Com certeza os torcedores que não sejam sócios patrimoniais nem sócio-torcedor não poderão votar. Portanto, é fundamental que fiquemos atentos às notícias e acompanhemos de perto as regras que serão estabelecidas no novo estatuto para que possamos nos associar em massa assim que tivermos o direito a votar. De nada adiantará ter eleições diretas se os únicos aptos a votar forem os mesmos que deram suporte aos “eternos cardeais” em todos estes anos de estagnação Tricolor. Vamos, então, ficar atentos para, no momento adequado, nos associar e convencer o maior número possível de torcedores que realmente querem ver um Bahia grande a se associarem também, para termos uma massa de eleitores comprometida com o futuro do clube.

Enfim, meus caros tricolores, há uma luz no fim do túnel. O futuro do Tricolor pode ser mudado e a estagnação descrita pelo companheiro Humberto Netto poderá ser alterada. Podemos reacender as esperanças de ter, um dia, o nosso time representando à altura a grandiosa Nação Tricolor!

Abraços a todos e até a próxima coluna.