Fonte: Felipe Oliveira / EC Bahia
Rodriguinho foi a contratação de maior impacto feita pelo Bahia no início da temporada de 2020. Destaque com a camisa do Corinthians, onde foi bicampeão brasileiro, o meia havia sido adquirido a peso de ouro pelo Cruzeiro, em 2019, mas o abismo financeiro em que o clube mineiro se encontra fez com que o camisa 10 visse no Bahia a chance de reencontrar seu melhor futebol na Série A.
Contratado com status de jogador que chega para ser titular, Rodriguinho recebeu a camisa 10 em sua apresentação e já foi eleito como o melhor em campo logo em seu primeiro jogo como titular.
Segundo Roger Machado, a contratação do meia-atacante não foi feita apenas pelo nome e por conta da oportunidade de mercado que se mostrou favorável ao Bahia. Mas seguindo critérios, tendo em vista que o jogador seria adequado para o perfil desejado pela comissão técnica e diretoria.
Em live promovida pelo jornalista Mauro Cézar Pereira, no Youtube, Roger Machado foi perguntado sobre como pretende escalar Rodriguinho para que ele reencontre o futebol que o transformou em destaque no Corinthians.
Critérios para a contratação de Rodriguinho
“A gente se enfrentou muito (quando o Rodriguinho jogava no Corinthians). Nos enfrentamos na final do Paulista de 2018, Rodriguinho e Jadson faziam uma dupla de atacantes. É muito difícil de se marcar um sistema com dois jogadores que conseguem flutuar, deixando os zagueiros sem referência e também a capacidade de entrar na área para finalizar jogadas também”, iniciou Roger Machado.
Segundo o treinador, Rodriguinho se encaixa no estilo de jogador que poderia ter ajudado o Bahia a sair da má fase durante o segundo turno do último Brasileirão, por conseguir executar diversas funções e se aproximar mais de Gilberto do que os três volantes escalados em 2019.
“Nas nossas avaliações no ano passado, após o final do campeonato, principalmente quanto ao momento de irregularidade, nós percebemos que a estrutura que havíamos montado com os três médios – que nos deu um protagonismo ao longo do campeonato – nos momentos em que nosso artilheiro Gilberto passou por um momento de instabilidade, precisávamos de alguém ao lado dele, como meia-atacante, fazer por vezes a função de articulador e que também tivesse uma função de área um pouco maior na possibilidade de alterar a estrutura por dentro, ter um meia-atacante, um centroavante e dois atacantes pelas beiradas”.
Chegada de Rodriguinho
Segundo o treinador do Esquadrão, a ideia é de fazer com que o Bahia tenha uma postura mais ofensiva do que em 2019, deixando de lado o estilo de transição para focar na posse de bola.
“Então, a gente foi buscar o Rodriguinho nesse contexto. Antes de ele chegar, depois da eliminação na Copa do Brasil nós já posicionamos o Élber na função de meia-atacante e foi muito bem. Pelos lados, o Clayson e o Rossi. Já foi um ensaio do que poderia acontecer com o Rodriguinho, que a gente tinha um time diferente de jogar mais pelas transições, mas que a gente pudesse reter mais a posse e pudesse ter um controle de jogo mais pela posse e pelo jogo mais apoiado. E o Rodriguinho, pela sua inteligência, gradualmente começou a ser inserido depois de uma preparação e mostrou exatamente o que a gente queria que acontecesse”.
Rodriguinho contra o América de Natal
“Em um momento como meia-atacante, flutuando por um espaço muito difícil de se marcar, e ele já deu esse posicionamento por jogar com poucos toques. No jogo contra o América de Natal, o Rossi não jogou e o Rodriguinho saiu como titular. Deu para perceber desde o começo do jogo que a gente havia visto que o time se tornou mais rápido. Não porque o Rodriguinho é rápido correndo com a bola, mas porque ele é rápido para decidir as ações. Os números do jogo mostraram muito. O time passou a ter um controle mais pela posse, uma velocidade de passe maior, que já vinha acontecendo quando tinha o Élber nessa função.
Esquema tático com Rodriguinho
“O esquema e a forma de jogar dentro de uma estrutura diferente. Mesmo dentro dos mesmos conceitos, a estrutura é diferente com a estratégia de se marcar mais em cima, de reduzir o jogo de pontas do adversário para poder utilizar o meio. Isso tudo a gente preservou. Infelizmente a gente parou por causa da pandemia em um momento de muita ascensão. Estávamos bem empolgados pela subida de produção que tivemos na mudança de sistema e posteriormente com a entrada de Rodriguinho”.
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