Fonte: Felipe Oliveira / EC Bahia
Depois de passar por um jejum de nove rodadas sem vencer, o Bahia venceu o CSA, no final de semana, e “tirou o peso” para as últimas partidas da temporada. Vindo de um resultado positivo, o clima para o jogo contra o Vasco passa a ser de otimismo, segundo o técnico Roger Machado.
Em entrevista coletiva nesta quarta-feira, Roger destacou a importância de ter conseguido voltar a vencer na rodada passada, fator que eleva a confiança do grupo e a motivação para vencer os dois jogos restantes de 2019.
“Naquele jogo contra o CSA, no último domingo, deixamos para trás o momento de instabilidade, que durou mais do que a gente gostaria. Pensado no jogo como um elemento de decisão, porque era decisivo, a gente até ficou com um jogador a menos, que eu quebro a cabeça para montar a equipe amanhã. Nos deu um otimismo, porque com resultados combinados, a gente vive essa expectativa, embora remota. O que nos motiva é terminar o ano bem, fazer a melhor campanha na história dos pontos corridos. Se isso acontecer, com os resultados paralelos ajudando, a gente pode pensar em alguma coisa. É o resgate da confiança e a possibilidade de fazer em casa, diante do torcedor, a gente deixar uma boa imagem dentro de casa”, falou o treinador.
Apesar de afirmar que a confiança do elenco está reestabelecida, o técnico tricolor diz compreender a frustração da torcida.
“Confiança foi, se não plenamente, completamente restabelecida. Torcedor tem razão de estar frustrado e foi paciente. A tolerância foi o que fez acabar com a instabilidade. É lidar com esse momento com a mesma serenidade dos momentos de expectativa positiva”.
Substituto de Ronaldo
Com a expulsão de Ronaldo, na partida contra o CSA, Roger Machado tem uma dúvida para escalar seu meio-campo titular. No entanto, é provável que João Pedro seja escalado no setor, com Nino de volta à lateral-direita.
“João Pedro é uma alternativa. A gente não tem muitas, se precisar manter os três médios por dentro. Como foi contra o Goiás, que o João fez um belo gol. É uma alternativa e é bem provável que possa acontecer”.
Bahia em casa
“Retrospecto recente, teve uma queda, mas fora melhorou. Em alguns momentos de instabilidade onde há uma pressão exacerbada, jogar fora, em alguns momentos, se torna mais tranquilo. Dentro da nossa casa, o que eu tenho de lembrança do torcedor é que essa energia que passa, já relatei, no último jogo em casa, empate contra o Atlético-MG, quando parte da torcida decidiu nos vaiar, algo que é difícil para o atleta… Seria a mesma coisa que estar em família na arquibancada, no momento em que erro, minha mãe, meu pai, meu irmão me vaiarem. De todo modo, quando o torcedor não gosta, ele se manifesta. Contra o Atlético-MG, ele transformou o estádio em um caldeirão, abafando e fazendo com que parte da torcida viesse junto com eles. Isso repetido várias vezes, faz com que a gente tenha uma confiança. Essa é a grande diferença que vi de outras equipes por quais passei e joguei contra. Essa energia vinda do torcedor, que apoia quando mais precisa, que eu queria ver ampliada. Os atletas nunca então jogando de má vontade. Isso, com toda segurança de quase 30 anos de futebol, é muito raro de acontecer. Não pode dizer que não aconteça, mas é raro. O que acontece é a perda de confiança, que faz com que tu erres gestos simples. Perda de confiança se atribuiu a medo, fala que o time é pipoqueiro. Em outros esportes, você vê o tenista falando que perdeu a confiança no saque, que não estava bem emocionalmente, e ninguém fala que ele é pipoqueiro. Amanhã, que nosso torcedor possa nos ajudar como tem nos ajudado, enchendo a Fonte Nova e nos empurrando para o ataque”.
Bahia e Vasco vão se enfrentar nesta quinta-feira (05), às 19h15, na Fonte Nova.
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